A intenção de Maduro ao barrar observadores da União Europeia
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro (foto), proibiu a participação de observadores da União Europeia na sua farsa eleitoral marcada para 28 de julho. O anúncio foi feito na terça, 28, pelo chefe do Conselho Nacional Eleitoral, Elvis Amoroso. Ele citou as sanções econômicas do bloco europeu como motivo. “Eles não são bem-vindos para vir aqui...
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro (foto), proibiu a participação de observadores da União Europeia na sua farsa eleitoral marcada para 28 de julho.
O anúncio foi feito na terça, 28, pelo chefe do Conselho Nacional Eleitoral, Elvis Amoroso. Ele citou as sanções econômicas do bloco europeu como motivo. “Eles não são bem-vindos para vir aqui para o nosso país”, disse Amoroso.
Para o codiretor da ONG Acesso à Justiça, Alí Daniels, em Caracas, o principal objetivo de Maduro com essa decisão é desestimular as pessoas de votar nas eleições presidenciais.
Segundo Daniels, há outras organizações independentes que ainda podem enviar seus observadores para acompanhar o pleito, como o Centro Carter, dos Estados Unidos, e a ONU.
A ideia de Maduro, porém, é passar aos venezuelanos a ideia de que a farsa já está totalmente montada, e que não há qualquer chance de vitória da oposição. Assim, pretende desestimular os cidadãos de seu país.
"O que a ditadura está tentando fazer, acima de tudo, é lançar dúvidas sobre o processo eleitoral. Com isso, quer tirar as esperanças dos venezuelanos. Se mais gente achar que não vale a pena votar, a chance de o governo vencer será maior. A vantagem da oposição nas pesquisas está em vinte ou trinta pontos. Algumas pessoas acham que a distância é até maior. Então, o que Maduro pretende é reduzir essa vantagem", diz Daniels.
As sanções da União Europeia ao regime venezuelano incluem um embargo à exportação de armas e um banimento de entrada e congelamento de bens de 54 autoridades do chavismo.
"Essa atitude hostil aos observadores da União Europeia não tem sentido algum, porque as sanções desse bloco estão totalmente de acordo com o direito internacional. Elas não afetam a vida dos venezuelanos, mas alcançam apenas as pessoas do governo, individualmente. Também não atrapalham a compra de alimentos ou de remédios", diz Daniels.
Assista ao podcast Latitude com Alí Daniels, sobre a eleição na Venezuela:
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