A guerra Israel-Hamas, nos microfones do Eurovision
O concurso musical do Eurovision, que tem a final da edição de 2024 realizada neste sábado, 11, na cidade sueca de Malmö, bem que tentou — mas não conseguiu evitar que o conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza não afetasse o evento. Isso porque a candidata que representa Israel é uma...
O concurso musical do Eurovision, que tem a final da edição de 2024 realizada neste sábado, 11, na cidade sueca de Malmö, bem que tentou — mas não conseguiu evitar que o conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza não afetasse o evento. Isso porque a candidata que representa Israel é uma das 26 finalistas, com uma letra que é uma metáfora aos estragos causados pelo conflito em solo israelense.
Caberá a Eden Golan (foto), uma cantora de 20 anos, interpretar Hurricane (Furacão), uma canção quase toda cantada em inglês. A letra é dúbia sobre seu significado mas a letra da balada pop parece se encaixar bem na vida de um país em guerra.
"Alguém roubou minha lua hoje à noite/ levou minha luz/ tudo está em preto e branco/quem foi o tolo que te disse que meninos não choram?", inicia a composição. No refrão, a letra fica ainda mais intensa: "Baby, prometa que você irá me segurar de novo/ ainda estou quebrada deste furacão"
Os autores da música indicaram que a letra é sobre "força e resiliência em momentos difíceis", mas a letra havia sido originalmente pensada para tratar da guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza. A primeira versão da canção se chamava "October Rain" e, por ser explicitamente política em relação aos ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, acabou sendo barrada pela organização do Eurovision. A segunda versão, mais polida, é a que chega na final deste sábado.
Protestos contra a participação de Israel no evento chegaram a pedir o boicote e a suspensão do país pela operação na Faixa de Gaza. Houve inclusive ameaças de atentado no país, que o serviço de inteligência israelense afirmou visarem a população judaica.
E a imprensa israelense não chegou a botar fé na canção interpretada por Eden Golan: em artigo para o Jerusalem Post, o jornalista Dudi Patimer afirmou que a música não ajuda o espírito israelense ao ser cantada em inglês, e que não evoca nenhum sentido patriótico. "Esperava uma música que me tocasse, me fizesse orgulhoso como israelense, uma música que explanasse ao mundo o que estamos passando nesse período, não politicamente mas nacionalmente", escreveu, "e essa canção não está indo nessa direção."
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Comentários (2)
100413CAIO02
2024-05-12 11:32:44A representante de Israel foi ameaçada de morte, corajosamente enfrentou as ameaças, o antissemitismo aumenta cada vez mais enquanto nada se diz dos ataques russos na Ucrânia que teve uma de suas maiores cidades bombardeadas. A morte injusta de ucranianos não representa nada para a esquerda internacional financiada pelo petróleo árabe, do Irã e do Catar.
Sergio
2024-05-11 11:30:54A que ponto está chegando o anti-semitismo. Os judeus não podem mais sequer chorar as suas dores. Isso só vai resultar em mais ressentimentos e extremismo.