A brava história da seleção ucraniana, que pode garantir vaga na Copa
Com os ingressos esgotados, a seleção da Ucrânia (foto) disputa com o País de Gales neste domingo, 5, a última vaga da Copa do Mundo do Catar, em novembro. O jogo será na capital galesa Cardiff, às 13h de Brasília. Com a invasão russa do país em 24 de fevereiro, os desafios enfrentados pela equipe...
Com os ingressos esgotados, a seleção da Ucrânia (foto) disputa com o País de Gales neste domingo, 5, a última vaga da Copa do Mundo do Catar, em novembro. O jogo será na capital galesa Cardiff, às 13h de Brasília.
Com a invasão russa do país em 24 de fevereiro, os desafios enfrentados pela equipe têm sido gigantes. Com medo de bombardeios, a Associação Ucraniana de Futebol decidiu fazer os treinos fora do país, e aceitou uma oferta da Eslovênia para usar um estádio inaugurado em 2016.
Dos 26 jogadores ucranianos convocados, 16 jogam no campeonato nacional, que foi suspenso com a guerra. Eles precisaram de uma autorização especial para passar pela fronteira, uma vez que todos os homens entre 18 e 60 anos estão obrigados a servir ao Exército.
O técnico principal, Oleksandr Petrakov, de 64 anos, decidiu ficar em Kiev e se ofereceu para integrar as unidades de defesa territorial. Um funcionário do governo disse que sua falta de experiência militar e sua idade avançada seriam empecilhos. "Eu conheço você, e isso seria muito difícil. Você não precisa disso, você é outro tipo de pessoa", disse um oficial ao técnico Petrakov. Sem poder lutar, ele juntou-se aos atletas.
Os jogadores que atuavam no exterior seguiram com seus times até o início dos treinos. Um deles, o meia Oleksandr Zinchenko, que tem 25 anos e joga no Manchester City, cogitou voltar ao seu país para lutar no front, mas foi demovido por amigos e colegas do time. "É impossível descrever o que sentimos. O que acontece no nosso país é inaceitável. Devemos deter esta agressão, todos juntos. A Ucrânia é um país de liberdade, nunca abandonarei", disse ele na semana passada.
A equipe só conseguiu treinar completa no início de maio. Partidas amistosas foram organizadas para angariar recursos para as Forças Armadas e manter o preparo físico dos jogadores.
Ao longo das semanas de preparo, notícias de familiares e amigos afetaram os sentimentos da equipe. "Felizmente, nenhum dos jogadores teve familiares mortos na guerra, mas eles acompanham as redes sociais todos os dias. Quando há notícias de bombas e de alarmes, eles ligam para as pessoas na Ucrânia para conferir se está tudo bem. É muito desafiante para eles se concentrarem no esporte", diz Oleksandr Glyvynsky, que trabalha no setor de comunicação da seleção ucraniana e está em Cardiff.
Glyvynsky conta que os jogadores têm caminhado nas cidades antes das partidas pelas ruas e recebido muito apoio. "Em todas as esquinas, as pessoas param os jogadores, dizem que são a favor da paz e dão apoio para a Ucrânia", diz ele. "Temos sentido muito fortemente essa acolhida."
Se a Ucrânia vencer o País de Gales neste domingo, será a segunda vez que o país participa da Copa do Mundo. O risco de enfrentar a Rússia no Catar não existe. Quatro dias após o início da invasão, a Fifa baniu os russos do torneio.
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Comentários (6)
Suzane
2022-06-05 22:39:32Slava Ucraini! 🇺🇦💛💙🇧🇷
Sophia
2022-06-05 13:01:15Somos o país dos cossacos!
Amaury G Feitosa
2022-06-05 09:45:56Que vença a Ucrânia ... sejamos todos azuis e amarelos.
MARCOS
2022-06-05 08:56:34Ucrânia, um país de bravos!
Sillvia2
2022-06-04 22:42:35Somos Ucrânia desde pequeninos…
JULIANA
2022-06-04 20:22:57Tomara que vençam! A bravura dos ucranianos terá ainda mais holofotes!