14 países da OEA rechaçam posse de Maduro; Brasil fica de fora
Declaração conjunta foi assinada por Argentina, Canadá, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Jamaica, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai
Quatorze países da Organização dos Estados Americanos (OEA) emitiram na quarta-feira, 15, uma declaração conjunta para rechaçar a posse do ditador Nicolás Maduro para mais um mandato na Venezuela por "falta de legitimidade democrática".
O documento foi assinado pelas delegações de Argentina, Canadá, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Jamaica, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.
O Brasil de Lula, como era de se esperar, ficou de fora.
"Preocupados com a contínua deterioração da situação política, econômica, social e humanitária na Venezuela", além das "persistentes violações dos direitos humanos e dos princípios democráticos", os 14 signatários instaram a comunidade internacional a "continuar apoiando os esforços diplomáticos, políticos e humanitários destinados a enfrentar a crise multidimensional na Venezuela".
Os países também exigiram "que o regime venezuelano restabeleça a ordem democrática, permitindo uma transição pacífica que respeite a vontade do povo expressada nas eleições presidenciais de 28 de julho de 2024, assim como liberar todas as pessoas detidas arbitrariamente, nacionais e estrangeiras, incluindo os presos políticos, garantindo o pleno respeito de seus direitos fundamentais".
Por fim, os países signatários reafirmaram "sua solidariedade com o povo venezuelano, assim como seu firme compromisso com o respeito aos direitos humanos dos venezuelanos", instando Maduro a "respeitar plenamente o direito internacional" e reconhecer os "esforços extraordinários dos países anfitriões para receber migrantes e refugiados venezuelanos".
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"Regime fraco, mas perigoso"
Durante uma visita a venezuelanos na Guatemala, o presidente eleito da Venezuela, Edmundo González Urrutia, afirmou que o regime de Nicolás Maduro está enfraquecido, “mas perigoso”.
González citou o sequestro de seu genro, Rafael Tudares, que segue desaparecido após ser raptado pelas forças de Maduro e o episódio cuja líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi capturada pelos agentes.
"É um regime fraco, mas perigoso. Está atacando muitas pessoas, inclusive minha família. E fizeram com María Corina Machado na tentativa de prendê-la na semana passada."
González também disse que procura as "condições ideais" para ir à Venezuela e tomar posse.
Aos refugiados na Guatemala, o presidente eleito afirmou que eles "serão os protagonistas do país" e pediu para que se preparem para "retornar à Venezuela".
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