Após virar alvo do TCU, BB promete atuar para impedir anúncios em sites de fake news
O Banco do Brasil está revisando sua política de atuação no ambiente digital para conter “ocorrências ligadas a fake news” na veiculação de anúncios publicitários da instituição, que é alvo de auditoria do Tribunal de Contas da União para averiguar a publicidade em sites que espalham notícias falsas. O comunicado foi feito em ofício encaminhado...
O Banco do Brasil está revisando sua política de atuação no ambiente digital para conter “ocorrências ligadas a fake news” na veiculação de anúncios publicitários da instituição, que é alvo de auditoria do Tribunal de Contas da União para averiguar a publicidade em sites que espalham notícias falsas. O comunicado foi feito em ofício encaminhado ao ministro da Economia, Paulo Guedes, em resposta a um pedido de informação do deputado federal Marcelo Calero.
O Banco do Brasil entrou na mira do TCU após o grupo ativista “Sleeping Giants” expor que a instituição havia veiculado anúncios no “Jornal da Cidade Online”, mídia bolsonarista que dissemina desinformação. Após o banco informar que retirou a publicidade, o site foi defendido por Carlos Bolsonaro, o filho 02 do presidente, e por Fabio Wajngarten, atual secretário-executivo do Ministério das Comunicações e ex-chefe da Secom. Em seguida, o BB informou ao mercado que decidiu rever a decisão e voltou a anunciar no portal, mas a publicidade foi suspensa por decisão do TCU.
Ainda no ofício enviado a Guedes, o presidente do BB, Rubem Novaes (foto), disse que contrata por meio de agência de publicidade os serviços de distribuição de anúncios do Google. De acordo com o executivo, o banco tem mecanismos de proteção da marca em anúncios na internet.
“Para acompanhar o processo de proteção de marca na publicidade digital, o BB faz uso de adserver único, uma ferramenta tecnológica que faz a entrega do conteúdo publicitário para veículos e plataformas, bem como monitora o atendimento dos requisitos de proteção de marca e desempenho”, diz o executivo, no documento obtido por Crusoé. Segundo ele, o BB pode controlar em quais sites, temáticas e termos são exibidos os anúncios da marca.
“Atualmente não há aplicações tecnológicas específicas para detecção de contexto relacionado à fake news, dado que ainda carece de caracterização objetiva, com devido reconhecimento social dessa definição, que levem a restrição segura de associação da publicidade do anunciante com conteúdos inadequados”, alega Rubem Novaes. “No entanto, o Banco segue princípios e diretrizes de proteção da imagem institucional, definidos na sua Política de Marca”, acrescenta.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)