Por que o governo desistiu de compensar setores prejudicados com a unificação de PIS e Cofins
O texto da reforma tributária que será apresentado nesta terça-feira, 21, pelo governo unifica PIS e Cofins para criar uma Contribuição sobre Bens e Serviços, cuja alíquota deve ficar em 12%. Mas a proposta não irá compensar setores que se prejudicarem com eventual elevação tributária, segundo técnicos do governo. A equipe econômica estudava aliviar áreas...
O texto da reforma tributária que será apresentado nesta terça-feira, 21, pelo governo unifica PIS e Cofins para criar uma Contribuição sobre Bens e Serviços, cuja alíquota deve ficar em 12%. Mas a proposta não irá compensar setores que se prejudicarem com eventual elevação tributária, segundo técnicos do governo.
A equipe econômica estudava aliviar áreas mais afetadas pela reforma, como o setor de serviços, que já havia despencado 11,7% em abril e recuado 0,9% em maio, a pior queda em nove anos, de acordo com o IBGE. Mas, nos últimos dias, o governo recuou.
Por trás da decisão estaria a intenção do ministro da Economia, Paulo Guedes (foto), de pressionar empresários a defender no Congresso a criação de um imposto sobre transações digitais – uma taxa de 0,2% sobre pagamentos aplicada às compras no comércio eletrônico. A previsão de arrecadação é de 100 bilhões de reais por ano.
Em contrapartida, parte do montante arrecadado pelo governo com o novo tributo seria usada para a desoneração da folha de pagamentos, uma demanda do empresariado.
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