CPMI das Fake News quer depoimento de chefe da segurança cibernética do Facebook
A CPMI das Fake News no Congresso se movimenta para convocar representantes do Facebook, após a divulgação do relatório que embasou a derrubada de contas de integrantes do bolsonarismo na rede social. Entre os que podem ser chamados para depor, estão o chefe de segurança cibernética da rede social, Nathaniel Gleicher, e a pesquisadora do...
A CPMI das Fake News no Congresso se movimenta para convocar representantes do Facebook, após a divulgação do relatório que embasou a derrubada de contas de integrantes do bolsonarismo na rede social. Entre os que podem ser chamados para depor, estão o chefe de segurança cibernética da rede social, Nathaniel Gleicher, e a pesquisadora do Atlantic Council Luiza Bandeira - uma das autoras do relatório.
Os pedidos foram protocolados pela relatora da CPMI, deputada federal Lídice da Mata, do PSB, e precisam da aprovação do colegiado para que as convocações sejam efetivadas. Segundo a parlamentar, os depoimentos "sem sombra de dúvida constituem elemento fundamental de informação para a consecução das investigações".
As movimentações no Legislativo se deram no mesmo dia em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, requereu ao Facebook que encaminhe os dados da investigação à corte. O relatório produzido pela rede social deve abastecer o inquérito sobre supostas ameaças aos integrantes do STF e a investigação sobre atos antidemocráticos.
Apesar de ter divulgado a derrubada de 88 contas bolsonaristas - que envolviam até um assessor do presidente Jair Bolsonaro -, a rede social, por ora, tem se recusado a ajudar a CPMI. O principal argumento tem sido de que, por ser uma empresa estrangeira, o Facebook não precisaria atender às demandas brasileiras. Os deputados avaliam, no entanto, que não faz mais sentido a resistência da rede social e querem, novamente, avançar sobre sua base de dados.
A oposição também não ficou de fora da mira dos parlamentares. O presidente do colegiado, Ângelo Coronel, do PSD, e o senador Alessandro Vieira, do Cidadania, pediram ao WhatsApp, também pertencente ao Facebook, que forneça dados de grupos petistas que foram derrubados no dia 25 de junho, em razão do uso abusivo dos disparos de massa.
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