Operação sobre Paulinho inaugura série da Lava Jato Eleitoral em SP
A Operação Dark Side, que fez buscas e apreensões na terça-feira, 14, em endereços ligados ao deputado federal Paulinho da Força, do Solidariedade, inaugura uma série de ações que a Polícia Federal de São Paulo pretende deflagrar para investigar pagamentos ilícitos feitos via caixa 2 a políticos paulistas, na chamada Lava Jato Eleitoral. Paulinho foi...
A Operação Dark Side, que fez buscas e apreensões na terça-feira, 14, em endereços ligados ao deputado federal Paulinho da Força, do Solidariedade, inaugura uma série de ações que a Polícia Federal de São Paulo pretende deflagrar para investigar pagamentos ilícitos feitos via caixa 2 a políticos paulistas, na chamada Lava Jato Eleitoral.
Paulinho foi alvo da PF no inquérito que mira repasses de 1,7 milhão de reais da JBS, via caixa 2, para o parlamentar nas eleições de 2010 e 2012. Segundo a investigação, que teve como ponto de partida as delações dos acionistas e executivos da companhia, o deputado recebeu 250 mil reais por meio do escritório de advocacia do genro e 1,45 milhão de reais em espécie.
Responsável pela ação de terça-feira, o delegado Milton Fornazari afirmou em coletiva de imprensa que a operação envolvendo Paulinho da Força "não é estação de chegada, mas estação de partida" para novas frentes da PF no âmbito eleitoral.
Desde que o Supremo Tribunal Federal decidiu, no início de 2019, que crimes conexos com caixa 2 de campanha, como corrupção e lavagem de dinheiro, deveriam ser investigados e julgados na Justiça Eleitoral, dezenas de inquéritos decorrentes das delações da JBS, Odebrecht e OAS se acumularam na PF paulista e no Ministério Público Eleitoral. Agora, a fila parece ter começado a andar.
Na decisão que autorizou as buscas e determinou o bloqueio de bens de Paulinho da Força, o juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Marco Antonio Martin Vargas, já deu pistas de possíveis novos alvos da PF.
Segundo o magistrado, o mesmo material entregue pelo delator Demilton Antônio de Castro, responsável por organizar os repasses ilícitos da JBS a políticos, contém registros de "pagamentos em espécie não declarados" ao deputado petista Paulo Teixeira e a ex-senador Marta Suplicy, hoje no Solidariedade, ambos de São Paulo, além do deputado federal Zeca do PT e do ex-governador André Puccinelli, do Mato Grosso do Sul.
Há ainda uma série de inquéritos eleitorais para investigar os pagamentos ilícitos delatados pela Odebrecht a políticos de diferentes partidos, incluindo o PSDB, que comanda o estado de São Paulo há 25 anos.
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