Sem acordo com Alcolumbre, Maia vai retomar debate sobre reforma tributária
Nos últimos dias, a escolha da data para a retomada do debate sobre a reforma tributária revelou-se um dos principais pontos de discordância entre os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre. Enquanto o deputado argumentava que o tema deveria voltar à pauta com urgência, o senador defendia que a discussão ocorresse...
Nos últimos dias, a escolha da data para a retomada do debate sobre a reforma tributária revelou-se um dos principais pontos de discordância entre os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.
Enquanto o deputado argumentava que o tema deveria voltar à pauta com urgência, o senador defendia que a discussão ocorresse à frente, considerando que o funcionamento das comissões mistas do Congresso está suspenso até a volta das sessões presenciais.
Em meio à divergência, Maia decidiu se impor e anunciou que, com ou sem o Senado, a Câmara vai começar a se debruçar sobre a reforma já na quarta-feira, 15, fora da comissão mista, apesar de avaliar que “o debate das duas casas certamente é mais produtivo do que o debate de apenas uma das casas”.
“Se pudermos retomar o debate junto com o Senado, muito melhor, mas acredito que o novo IVA nacional [Imposto sobre o Valor Agregado], a simplificação e a unificação dos impostos sobre consumo é muito importante, é urgente e vai ser base importante da recuperação da confiança no nosso país, da confiança e da recuperação do ambiente de negócios para o setor privado”, disse.
Na última semana, o deputado já havia sinalizado que não esperaria o aval de Alcolumbre para retomar a discussão e cobrou do governo o envio do texto desenhado pelo Ministério da Economia — hoje, tramitam no Congresso uma proposta da Câmara e outra do Senado.
"Se o presidente do Congresso não autorizar o debate na comissão mista, vamos recomeçar na Câmara. Não tem nada mais importante do que melhorar o sistema de negócios no Brasil", declarou naquele dia.
O movimento de Maia reflete o desejo do parlamentar de submeter a reforma tributária ao plenário ainda neste ano. De acordo com aliados, ele acredita que, se a discussão sobre o tema começar apenas em agosto ou setembro, seria pouco provável emplacar o projeto até dezembro.
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