Alexandre prorroga prisão de blogueiro bolsonarista
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes prorrogou, nesta terça-feira, 30, por mais cinco dias, a prisão do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, no âmbito da investigação sobre fomento a atos antidemocráticos. Ele havia sido detido em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, na sexta-feira, 26. A decisão acolhe pedidos da Polícia Federal...
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes prorrogou, nesta terça-feira, 30, por mais cinco dias, a prisão do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, no âmbito da investigação sobre fomento a atos antidemocráticos. Ele havia sido detido em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, na sexta-feira, 26. A decisão acolhe pedidos da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República.
Um dos motivos para o pedido de prorrogação da prisão de Eustáquio pela PF é a falta de indicação do endereço onde o blogueiro mora, em Brasília. A Procuradoria-Geral da República vê uma possível tentativa de despistar as autoridades, já que Eustáquio publicava vídeos como se estivesse no Distrito Federal, mas, na realidade, estava em um hotel em Ponta Porã, cidade fronteiriça com o Paraguai.
A PGR também pontuou a necessidade de analisar, por mais tempo, se há, nas informações colhidas em documentos apreendidos com o blogueiro, "elementos que possam ensejar a realização de novas atividades investigativas cuja efetividade possa ser prejudicada pela atuação do requerido [Eustáquio] em liberdade".
A PF ainda diz que Eustáquio tanto "se inclui tanto no núcleo produtor de conteúdo, como se relaciona com os operadores de pautas ofensivas ao Estado Democrático de Direito".
Diante dos pedidos, o ministro afirma ver "pertinência" na prisão do blogueiro, que seria "imprescindível para que a autoridade policial avance na análise do material apreendido e na elucidação das infrações penais atribuídas à associação criminosa em toda a sua extensão" A medida, segundo Alexandre, também ajudaria a "mitigar as oportunidade de reações indevidas e impedir a articulação com eventuais outros integrantes da associação, que obstruam ou prejudiquem a investigação".
O inquérito dos atos antidemocráticos é o mesmo que levou seis lideranças do Grupo 300 do Brasil para a cadeia - entre elas, a ativista Sara Winter. A prisão se deu após um conflituoso sábado, 13, quando os manifestantes tiveram seus acampamentos na Esplanada dos Ministérios desmontados pela fiscalização do governo do Distrito Federal. Durante o dia, os integrantes do grupo invadiram a rampa do Congresso. À noite, fogos de artifício foram disparados contra o Supremo Tribunal Federal. Antes, o grupo já havia marchado com máscaras e tochas em direção ao STF, em comportamento semelhante ao adotado pela Ku Klux Klan, grupo supremacista branco norte-americano.
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