Maia tenta garantir votação da PEC que adia as eleições na semana que vem
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, trabalha em busca de um consenso na casa com relação à proposta de emenda à Constituição que muda as datas das eleições. O texto aprovado no Senado na semana passada define o dia 15 de novembro como data do primeiro turno. O segundo turno seria realizado duas...
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, trabalha em busca de um consenso na casa com relação à proposta de emenda à Constituição que muda as datas das eleições. O texto aprovado no Senado na semana passada define o dia 15 de novembro como data do primeiro turno. O segundo turno seria realizado duas semanas depois e todos os prazos seriam prorrogados por 42 dias.
Pressionados por prefeitos, deputados federais, especialmente os do Centrão, atuam contra a PEC. Os políticos com mandato nos municípios temem que o adiamento das eleições favoreça adversários na corrida eleitoral.
Neste sábado, Maia conversou com lideranças partidárias em Brasília. Como o quórum para votação de PEC é qualificado, são necessários 308 votos para aprovar a proposta. Daí a necessidade de costura e articulação durante todo o fim de semana.
O líder do Cidadania na Câmara, deputado Arnaldo Jardim, diz que a bancada é favorável ao adiamento. “Estamos neste final de semana em um esforço de negociação”, conta o parlamentar. “A ideia é que, até segunda à noite, a gente faça uma contagem de votos e avalie votar a PEC na terça ou na quarta”, conta.
O deputado Leo Moraes, líder do Podemos na Câmara, critica a resistência de deputados do Centrão em votar a PEC e defende o adiamento da votação, por conta da pandemia de coronavírus. “Não é fácil, não há consenso ainda”, conta. “Existe um movimento que ganha força para unificar as eleições e estabelecer um golpe branco, como prorrogação dos mandatos. O Centrão mais estruturado e fisiológico trabalha com esse interesse”, revela o parlamentar.
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