John Bolton coloca em xeque a narrativa de Trump sobre a China
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elegeu-se em 2016 com um discurso duro contra a China. Ele acusava o país de manipular o câmbio e de roubar empregos de americanos. Este ano, Trump voltou à carga contra Pequim, aproveitando-se do descontentamento generalizado com a falta de transparência da ditadura comunista ao lidar com a...
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elegeu-se em 2016 com um discurso duro contra a China. Ele acusava o país de manipular o câmbio e de roubar empregos de americanos. Este ano, Trump voltou à carga contra Pequim, aproveitando-se do descontentamento generalizado com a falta de transparência da ditadura comunista ao lidar com a pandemia de coronavírus. "A China não quer me ver sendo reeleito", disse Trump no final de abril.
Contudo, um livro do ex-assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, John Bolton (na foto, com o presidente), afirma que Trump adotou um comportamento totalmente oposto ao que ele apregoa em uma conversa com o presidente da China, Xi Jinping. Em uma reunião entre os dois em junho do ano passado, durante um encontro do G20 no Japão, Trump teria pedido ajuda a Xi para ser reeleito.
No diálogo, segundo Bolton, Xi reclamou das críticas que recebia dos americanos. Trump respondeu imediatamente afirmando que as hostilidades partiam dos seus rivais democratas. "Ele, então, incrivelmente mudou de assunto para falar das próximas eleições presidenciais, aludindo para a capacidade econômica da China de afetar a campanha e pedindo para que Xi ajudasse a garantir sua vitória", escreveu Bolton. "Ele ressaltou a importância dos fazendeiros e do aumento das compras chinesas de soja e trigo no resultado eleitoral."
O livro de Bolton, com 592 páginas, será publicado na próxima semana e promete trazer algumas dores de cabeça para Trump durante a campanha eleitoral.
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