Conselheiros afastados do TCE-MT são alvo da PF por propinas de R$ 53 mi
Os conselheiros afastados do Tribunal de Contas de Mato Grosso, José Carlos Novelli e Waldir Júlio Teis, foram alvo de busca e apreensão, nesta quarta-feira, 17, no âmbito da Operação Ararath, que mira propinas e desvios em contratos do Estado. A ordem pelas diligências partiu do Superior Tribunal de Justiça, e foi requerida pela Procuradoria-Geral...
Os conselheiros afastados do Tribunal de Contas de Mato Grosso, José Carlos Novelli e Waldir Júlio Teis, foram alvo de busca e apreensão, nesta quarta-feira, 17, no âmbito da Operação Ararath, que mira propinas e desvios em contratos do Estado. A ordem pelas diligências partiu do Superior Tribunal de Justiça, e foi requerida pela Procuradoria-Geral da República.
São cumpridos mandados em oito empresas, na residência de oito investigados, em duas fazendas, e na própria sede do TCE. Além das buscas, 33 empresas e 30 pessoas tiveram os sigilos fiscais quebrados.
A investigação tem como base a delação do ex-governador Silval Barbosa, do MDB, que ficou famosa pela romaria de propinas filmada em seu gabinete, em que políticos se enfileiravam para rechear malas e caixas de dinheiro - os vídeos foram usados como prova de seu acordo de colaboração sobre esquemas no estado.
Segundo Silval, os conselheiros cobraram 53 milhões de reais em propinas para não apresentarem obstáculos na aprovação de obras de seu governo, especialmente aquelas que envolveriam preparativos para a Copa do Mundo.
A subprocuradora-geral, Lindôra Araújo, afirma que lavagem de dinheiro relacionada aos conselheiros foi feita a partir de um complexo esquema com dezenas de operações financeiras, que envolveriam a compra de imóveis, como um hotel, que tem um dos conselheiros como sócio, e um buffet, em nome de outro integrante da corte de Contas.
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