Moro cobra mais 'empenho' de Bolsonaro contra a corrupção
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou, neste sábado, 13, que o governo Jair Bolsonaro precisa de mais "empenho" para encampar a pauta anticorrupção. O ex-juiz da Lava Jato participou de uma live do Vem Pra Rua, movimento que encampou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, e assumiu postura crítica a Bolsonaro....

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou, neste sábado, 13, que o governo Jair Bolsonaro precisa de mais "empenho" para encampar a pauta anticorrupção. O ex-juiz da Lava Jato participou de uma live do Vem Pra Rua, movimento que encampou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, e assumiu postura crítica a Bolsonaro.
Durante a transmissão, o ex-ministro relatou que o presidente deveria "ter vetado mais do que vetou" o pacote anticrime que foi distorcido no Congresso. Moro cobra a apresentação de um novo projeto por parte do Planalto.
“Eu penso que só o Ministério da Justiça estava trabalhando por essa pauta. Se tiver um empenho mais geral, mais forte do poder Executivo… E o governo atual tem essa bandeira. Não importa que eu tenha saído, isso é algo que pode ser retomado durante esse governo. É algo que gera ganhos para a população e para o próprio presidente.”, disse.
Especulado como possível candidato em 2022, Moro não tocou no assunto, mas afirmou que vai mergulhar no debate público após sua saída do ministério. "Agora, eu sou um cidadão livre. Se eu não tiver, como cidadão livre, a minha liberdade de opinião e de falar, eu acho que entrei no país errado. Eu pretendo continuar no debate público".
Durante a live, Moro voltou a falar em sua saída do Ministério da Justiça, e acusou Bolsonaro de "interferência arbitrária" na Polícia Federal.
"Uma pessoa que sofre assédio sexual, ela abre a possibilidade de que outra pessoa sofra esse tipo de assédio, e isso vai apenas aumentando o número de vitimas. Eu entendi que tinha ali um assédio à instituição da PF e eu precisava informar esses fatos porque eu tinha conhecimento em primeira mão, e é pra proteger a instituição", relatou.
O ex-ministro voltou a dizer que foi alvo de uma campanha de fake news quando deixou o o governo Jair Bolsonaro, e defendeu punição aos disseminadores. "O diferente hoje é a disseminação em massa de mentiras nas redes sociais, e normalmente com propósitos não muito legítimos, como destruição de reputação, gerar situações políticas baseadas em notícias falsas. Esse é um fenômeno preocupante. Temos que aprender a lidar com isso. Isso não faz parte da liberdade de expressão".
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