'É ofensivo às Forças Armadas alguém dizer que vai ter ruptura', declara Ramos
O ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Luiz Ramos (foto), descartou nesta quarta-feira, 3, a possibilidade de intervenção militar no país. O general afirmou que Jair Bolsonaro não chancela as falas do terceiro filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, que, na última semana, declarou que o Brasil passará por um “momento de ruptura”...
O ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Luiz Ramos (foto), descartou nesta quarta-feira, 3, a possibilidade de intervenção militar no país. O general afirmou que Jair Bolsonaro não chancela as falas do terceiro filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, que, na última semana, declarou que o Brasil passará por um “momento de ruptura” institucional.
Ao declarar que não haverá golpe, Ramos classificou sua geração como “radicalmente democrática”. “É ofensivo às Forças Armadas, em particular ao Exército brasileiro, alguém dizer que vai ter ruptura, que vai haver golpe. Isto é ofensivo, não é aceitável”, disse à Rádio Bandeirantes.
O ministro assegurou que Bolsonaro jamais abordou a possibilidade e argumentou que Eduardo dispõe de imunidade parlamentar, tendo “liberdade para expressar sua opinião”.
“Não há, como já falou o general Heleno [ministro do Gabinete de Segurança Institucional], nas Forças Armadas, nenhuma ideia de quebra, de ruptura. Não existe isso. Porém, é importante frisar e pontuar que, do outro lado, não é plausível qualquer julgamento casuístico para derrubar o presidente. A quebra do regime democrático não pode acontecer nem pelas Armas, nem por canetadas que não têm amparo jurídico”, argumentou.
Questionado sobre a relação entre o Planalto e o Supremo Tribunal Federal, Ramos avaliou que “a temperatura abaixou”, citando argumentação usualmente adotada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. “A nossa democracia é barulhenta. Ela não é igual, sei lá, a Suíça, Áustria. Ela é uma democracia barulhenta, faz ruídos. Então, esses embates que acontecem, não vou dizer que são bons para o país, mas fazem parte”.
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