Chefe da AGU entra na mira da ala ideológica do governo
O ministro da Advocacia-Geral da União, José Levi Mello do Amaral Júnior (foto), é o mais novo alvo do fogo amigo da chamada ala ideológica do governo Jair Bolsonaro. Nos bastidores, ministros e assessores presidenciais desse núcleo reclamam da postura apaziguadora de Levi na recente crise entre o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal...
O ministro da Advocacia-Geral da União, José Levi Mello do Amaral Júnior (foto), é o mais novo alvo do fogo amigo da chamada ala ideológica do governo Jair Bolsonaro. Nos bastidores, ministros e assessores presidenciais desse núcleo reclamam da postura apaziguadora de Levi na recente crise entre o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.
Segundo eles, o chefe da AGU, desde o início, se colocou contra a estratégia de enfrentamento com a corte. Nos últimos dias, Levi não só não quis pedir a suspeição de Celso de Mello no inquérito que apura suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal, como reclamou de auxiliares que incentivam o presidente a processar o ministro do STF por abuso de autoridade.
Na tarde desta segunda-feira, 1º, o advogado-geral da União e o ministro da Justiça, André Mendonça, se reuniram com Bolsonaro no Planalto, fora da agenda. Segundo auxiliares presidenciais, ambos defenderam que o presidente tem que ficar tranquilo e tentar virar o jogo em relação ao Supremo aos poucos, sem entrar em confronto com a corte.
Para integrantes da ala ideológica, o "corpo mole" de Levi tem deixado Bolsonaro "desamparado". "O presidente quer agir, mas está sem respaldo jurídico", diz um auxiliar presidencial. Os próprios integrantes desse núcleo, porém, reconhecem ser difícil a demissão de Levi, por ora. Lembram que ele conta com apoio de Mendonça e do ministro da Secretaria-Geral, Jorge de Oliveira.
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