Depoimentos de ex-aliados de Bolsonaro ajudaram a alimentar inquérito
Deputados que apoiaram o presidente Jair Bolsonaro e que agora estão na oposição são peças-chave do inquérito do Supremo Tribunal Federal sobre supostos ataques a integrantes da corte. Nomes como Joice Hasselman, do PSL, e Alexandre Frota (foto), do PSDB, estão entre aqueles que denunciaram a existência de um "gabinete de ódio" no Palácio do...
Deputados que apoiaram o presidente Jair Bolsonaro e que agora estão na oposição são peças-chave do inquérito do Supremo Tribunal Federal sobre supostos ataques a integrantes da corte. Nomes como Joice Hasselman, do PSL, e Alexandre Frota (foto), do PSDB, estão entre aqueles que denunciaram a existência de um "gabinete de ódio" no Palácio do Planalto. Nas eleições de 2018, eram ferrenhos apoiadores de Bolsonaro.
As declarações dos parlamentares são mencionadas pelo ministro Alexandre de Moraes na decisão em que foram autorizadas as buscas e apreensões em 29 endereços, nesta quarta-feira, 27. Entre os alvos da operação da Polícia Federal, estão deputados federais e estaduais da tropa de choque do presidente, empresários e ativistas nas redes sociais.
Em depoimento, a deputada Joice Hasselman relatou que a "cúpula dessa organização sabe trabalhar com a construção de narrativas, bem como os canais mais eficazes para sua rápida divulgação".
Segundo ela, os organizadores desses ataques contam com o chamado “efeito manada” que atinge pequenos grupos e até indivíduos isolados, amplificando as mensagens ofensivas, calúnias e notícias falsas e de ódio contra inúmeras autoridades ou quaisquer pessoas que representem algum incômodo".
Já Frota afirmou que é de seu conhecimento a "existência de grupos responsáveis pela criação e disseminação de notícias falsas, ataques e mensagens de ódio a figuras e instituições públicas, incluíndo Deputados, Senadores e Ministros do Supremo Tribunal Federal, atuando de maneira coordenada".
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