Advogado de Moro: apesar de omitir trechos relevantes, AGU confirma ingerência na PF
Responsável pela defesa de Sergio Moro, o advogado Rodrigo Sanchez Rios afirmou, nesta quinta-feira, 14, que a transcrição parcial do vídeo da reunião ministerial, anexada pela Advocacia-Geral da União nos autos do inquérito no Supremo Tribunal Federal, contém "omissão do contexto e de trechos relevantes para a adequada compreensão do que ocorreu". Por outro lado,...
Responsável pela defesa de Sergio Moro, o advogado Rodrigo Sanchez Rios afirmou, nesta quinta-feira, 14, que a transcrição parcial do vídeo da reunião ministerial, anexada pela Advocacia-Geral da União nos autos do inquérito no Supremo Tribunal Federal, contém "omissão do contexto e de trechos relevantes para a adequada compreensão do que ocorreu". Por outro lado, ele sustenta que a degravação confirma a ingerência do presidente Jair Bolsonaro sobre a Polícia Federal.
"A petição contém transcrições literais de trechos das declarações do Presidente, mas com omissão do contexto e de trechos relevantes para a adequada compreensão do que ocorreu na reunião – inclusive, na parte da “segurança do RJ”, do trecho imediatamente precedente", diz o advogado.
A Advocacia-Geral da União citou partes da gravação ao pedir ao ministro Celso de Mello que somente a fala do presidente seja divulgada. Crusoé obteve acesso à petição da AGU. O registro mostra que Bolsonaro falou que interferiria na Polícia Federal. "Não vou esperar f. minha família".
Segundo o advogado de Moro, a "transcrição parcial revela disparidade de armas, pois demonstra que a AGU tem acesso ao vídeo, enquanto a defesa de Sérgio Moro não tem".
"De todo modo, mesmo o trecho literal, comparado com fatos posteriores, como a demissão do diretor-geral da PF, a troca do superintendente da PF e a exoneração do ministro da Justiça, confirma que as referências diziam respeito à PF e não ao GSI. A transcrição parcial busca apenas reforçar a tese da defesa do presidente, mas reforça a necessidade urgente de liberação do vídeo na íntegra”, diz.
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