Ex-chefe da PF no Rio: quem faz a segurança pessoal do presidente é o GSI
O ex-superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro e atual diretor-executivo da corporação em Brasília, Carlos Henrique Oliveira de Sousa (foto), afirmou em depoimento nesta quarta-feira, 13, que desconhece qualquer participação da instituição na segurança pessoal de familiares do presidente Jair Bolsonaro no Rio e que essa atribuição era do Gabinete de Segurança Institucional,...
O ex-superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro e atual diretor-executivo da corporação em Brasília, Carlos Henrique Oliveira de Sousa (foto), afirmou em depoimento nesta quarta-feira, 13, que desconhece qualquer participação da instituição na segurança pessoal de familiares do presidente Jair Bolsonaro no Rio e que essa atribuição era do Gabinete de Segurança Institucional, pasta comandada pelo general Augusto Heleno.
O presidente apontou a insatisfação quanto à segurança de sua família no Rio como o principal motivo da crítica feita na reunião ministerial de 22 de abril. Três ministros que prestaram depoimento corroboraram a versão. Foi neste encontro que Bolsonaro pressionou Moro pela troca do comando da PF no estado a fim de proteger familiares, segundo o ex-ministro e fontes que assistiram à filmagem da conversa.
Em depoimento, Sousa ressaltou ainda que a produtividade da PF no Rio evoluiu durante a gestão do ex-delegado Ricardo Saadi, seu antecessor no cargo. A afirmação contraria o principal argumento apresentado por Bolsonaro para pressionar pela mudança do superintendente fluminense em agosto do ano passado. "Não havia problemas de produtividade no Rio", afirmou Sousa.
O novo número 2 da PF disse ainda que não ocorreu nenhuma interferência política no período em que comandou a superintendência da corporação em Pernambuco, entre janeiro e novembro de 2019, e no Rio, de novembro do ano passado e este mês. Ele contou ter sido convidado pelo atual diretor-geral da corporação, Rolando Alexandre, para assumir o posto em Brasilia e afirmou que indicou o delegado Tácio Muzzi para ser seu sucessor no Rio.
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