Moro volta a pedir ao STF a divulgação da íntegra do vídeo
O advogado Rodrigo Sanchez Rios, que defende o ex-ministro da Justiça Sergio Moro (foto) solicitou, novamente, ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, que divulgue a íntegra da gravação da reunião ministerial do dia 22. Caso o decano não aceite o pedido de publicidade total do vídeo, Rios pede que, pelo menos, sejam...
O advogado Rodrigo Sanchez Rios, que defende o ex-ministro da Justiça Sergio Moro (foto) solicitou, novamente, ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, que divulgue a íntegra da gravação da reunião ministerial do dia 22. Caso o decano não aceite o pedido de publicidade total do vídeo, Rios pede que, pelo menos, sejam tornadas públicas todas as falas de Jair Bolsonaro.
No requerimento, Rios afirma que o teor do vídeo mostra que Moro "não concordou com a interferência do Presidente da República na PF do Rio de Janeiro e na direção-geral, pelos motivos declinados pelo próprio Presidente da República". Segundo o defensor, o vídeo traz "inquietantes declarações de tom autoritário inviáveis de permanecerem nas sombras".
Rios ainda afirma que a "divulgação integral do conteúdo da gravação permitirá verificar que as declarações do Presidente da República foram, sim, direcionadas ao Ministro da Justiça"
Também, segundo o advogado, o material revela que Moro não apoiou a "ida do Presidente da República ao ato de 19 de abril", não apoiou o "Presidente da República em suas manifestações contrárias ao distanciamento social" e também não endossou "as declarações públicas do Presidente da República de minimizar a gravidade da pandemia".
Fontes que assistiram à gravação, exibida ontem a Moro, à PGR e à AGU, afirmam que o vídeo expõe Bolsonaro pedindo a troca do comando da Polícia Federal no Rio de Janeiro para proteger seus familiares e amigos.
A estratégia do governo é de tentar convencer os investigadores de que Bolsonaro, na verdade, queria trocar sua equipe de segurança pessoal, e não a Polícia Federal no Rio. A versão foi exposta nos depoimentos dos ministros Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (GSI), e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).
Por outro lado, durante os interrogatórios de ontem, o representante da PGR escalado para fazer as perguntas ao general Heleno expôs que, no entender do órgão, o vídeo mostra Bolsonaro mostrou querer trocar o comando da PF, e não de sua segurança pessoal, com o fim de proteger amigos e parentes.
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