Saadi: Valeixo confirmou 'pedido' do presidente para tirá-lo da PF do Rio, mas sem revelar motivo
O ex-chefe da Polícia Federal no Rio, Ricardo Saadi (foto), detalhou, em depoimento, nesta segunda-feira, 11, as circunstâncias de sua saída do cargo e transferência para Brasília. Para ficar mais perto de seus familiares, o delegado afirma ter pedido, no fim de 2018, para que fosse transferido para Brasília ou São Paulo, mas o então...
O ex-chefe da Polícia Federal no Rio, Ricardo Saadi (foto), detalhou, em depoimento, nesta segunda-feira, 11, as circunstâncias de sua saída do cargo e transferência para Brasília.
Para ficar mais perto de seus familiares, o delegado afirma ter pedido, no fim de 2018, para que fosse transferido para Brasília ou São Paulo, mas o então diretor-geral, Maurício Valeixo, solicitou que ele ficasse pelo menos até 2020, já que "as coisas estavam fluindo bem naquela Superintendência". No depoimento, Saadi lembrou que a produtividade da PF no Rio saltou do 24º lugar para o 4º lugar em um ranking da corporação.
Saadi afirma, no entanto, que, na manhã do dia 15 de agosto, recebeu uma ligação de Valeixo "afirmando que havia resolvido adiantar os planos de troca da superintendência do Rio de Janeiro", e que iria removê-lo para Brasília, só que "não revelando eventuais razões para tanto".
Logo em seguida, colegas passaram a compartilhar com ele, por meio de celular, a notícia de que Bolsonaro havia pedido a troca na PF do Rio. Saadi, então, afirma ter ligado novamente a Valeixo, que confirmou que houve "um pedido de troca de superintendente da PF no Rio"
Saadi prestou depoimento na sede da PF em Brasília no âmbito do inquérito que investiga as acusações do ex-ministro Sergio Moro de que Bolsonaro tentou interferir na PF.
Ele deixou a superintendência do Rio em agosto de 2019. Segundo o presidente, o problema seria sua "produtividade", o que foi refutado por Valeixo em depoimento nesta segunda-feira, 11.
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