Justiça Federal suspende campanha de Bolsonaro contra o isolamento social
A Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou que a União não veicule a campanha publicitária “O Brasil não pode parar”, que defende o isolamento apenas de idosos e pessoas com doenças pré-existentes. A propaganda estimula a retomada das atividades econômicas no país, apesar da crise do coronavírus. "A repercussão que tal campanha alcançaria se...
A Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou que a União não veicule a campanha publicitária “O Brasil não pode parar”, que defende o isolamento apenas de idosos e pessoas com doenças pré-existentes. A propaganda estimula a retomada das atividades econômicas no país, apesar da crise do coronavírus.
"A repercussão que tal campanha alcançaria se promovida amplamente pela União, sem a devida informação sobre os riscos e potenciais consequências para a saúde individual e coletiva, poderia trazer danos irreparáveis à população", justificou a juíza Laura Bastos Carvalho.
A multa em caso de infração é de 100 mil reais por veiculação. Em decisão liminar, a magistrada estabeleceu que a campanha não pode ser veiculada em qualquer meio. Na sexta-feira, 27, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro havia pedido a suspensão da propaganda em uma ação civil pública. Os procuradores solicitaram ainda que o governo divulgue uma nota oficial com a informação de que a campanha não foi embasada em dados científicos. Mas a juíza federal não acatou esse trecho do pedido do MPF.
A magistrada afirmou que a campanha tem potencial para transmitir orientação social e induzir a população a se comportar de forma perigosa à saúde pública. “O achatamento da curva de casos é indicado pela comunidade científica como medida necessária para que os sistemas de saúde mantenham sua capacidade de tratar os doentes, sob pena de entrarem em colapso, o que resultaria em um número muito maior de mortes — tanto por Covid-19 como por outras causas”, argumentou a juíza Laura Bastos.
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Comentários (10)
MAURÍLIO43
2020-03-30 12:35:52Durante a campanha o BOÇALnaro defendeu o fim da reeleição. Agora, com essas atitudes e campanha criminosas, ele quer jogar a responsabilidade pela recessão no colo dos governadores para, assim, tentar se reeleger. O energúmeno está pensando apenas nos seus interesses, o povo e o país que se danem.
Luiz
2020-03-29 17:27:21Para esta v... é fácil, ela pode ficar um ano em casa que seus 100 mil cai na conta. E nós diaristas que vendemos o almoço para comprar a janta, podemos ficar em casa?
Jussara
2020-03-28 16:34:47Lá fora todo mundo parou e não se tem noticia de que alguém tenha morrido de fome , só do corona.
Celso
2020-03-28 15:08:30Vá te catar. Qual embasamento você dar baseou para tomar essa decisão? Incopetente.
Vera
2020-03-28 15:00:31Parabéns!!! Entrega logo o Brasil a China bando de otario! Todos este comentários favor da decisão desta juíza é contra o Brasil 🇧🇷 vcs são os tapados.
Ivo
2020-03-28 14:48:33Mourão é a solução!
MAURO
2020-03-28 14:45:41Vamos lá pessoal, este juiz FEDERAL parece estar enlouquecido na quarentena e está com o pt na cabeça. Expliquem pra ele quem vai pagar o "pequeno salário " dele se o Brasil parar.
Karina
2020-03-28 14:34:18Bem feito! O presidente não tem que tomar decisões sozinho, sem consultar sua equipe de técnicos e o Congresso especialmente numa siauação tão grave.. Isso aqui não é ditadura nem monarquia. Após ouvir todos e tomada a melhor decisão, aí sim, ele vai em rede nacional e comunica ao povo. Quem quer ditadura vai pra Venezuela e quem quer monarquia vai lá para os Emirados Árabes!
Patricia
2020-03-28 14:27:23Ora, esse governo já sabia disso. O que eles queriam mesmo é dar dinheiro sem licitação em nome da tal calamidade pública, pra algum amigo dono de agência de publicidade. 4 milhões de reais? Tudo isso pra "conscientizar" o povo de que o Brasil não pode parar? Me poupe. Esse dinheiro poderia ter sido gasto em algo útil para ajudar os hospitais, não pra encher bolso de publicitário. Se não existe uma emergência sanitária nacional, que o governo cancele então a tal da calamidade pública.
Renato
2020-03-28 13:32:00É brincadeira o poder que acha que tem esse juiz, o presidente não manda nada!