Justiça: União pode bancar viagens de autoridades a eventos religiosos
O juiz Anderson Santos da Silva, da 2ª Vara Federal Cível do DF, negou pedido liminar da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, Atea, para proibir a União de custear viagens de autoridades a eventos religiosos. A entidade ajuizou a ação após uma comitiva brasileira participar da cerimônia de canonização da Irmã Dulce (foto), no...
O juiz Anderson Santos da Silva, da 2ª Vara Federal Cível do DF, negou pedido liminar da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, Atea, para proibir a União de custear viagens de autoridades a eventos religiosos. A entidade ajuizou a ação após uma comitiva brasileira participar da cerimônia de canonização da Irmã Dulce (foto), no Vaticano, em outubro de 2019.
A Justiça ainda indeferiu a requisição de ressarcimento aos cofres públicos dos valores gastos pelo grupo, integrado por representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Participaram da comitiva, por exemplo, o vice-presidente Hamilton Mourão; o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli; o procurador-geral da República, Augusto Aras; o presidente da Câmara, Rodrigo Maia; e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
No processo, a Atea argumentou que o financiamento da participação de representantes da República nestes eventos viola a laicidade do Estado. Em manifestação, a Advocacia-Geral da União rebateu a alegação e avaliou que a cerimônia de canonização tratou-se de acontecimento histórico, ultrapassando os limites da religião. O órgão lembrou que Irmã Dulce criou várias instituições filantrópicas e foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz, em 1988.
Ao negar os pedidos liminares da Atea, o juiz Anderson Santos lembrou que o Vaticano é “um sujeito de direito internacional público, com o qual o Estado brasileiro e diversos outros Estados mantêm relações diplomáticas”.
“O custeio pelo erário de viagem de autoridades brasileiras para cerimônia religiosa no Estado do Vaticano em que célebre cidadã brasileira é homenageada não parece implicar estabelecimento, subvenção, dependência ou aliança sem interesse público com a Igreja Católica Apostólica Romana, de modo que não é proibido pela Constituição”, observou o magistrado.
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Comentários (10)
Lucia
2020-03-11 03:50:20Enquanto esse papa estiver no comando o Brasil não deveria participar de nada no Vaticano! O cara recebe o causador da nossa recessão, o maior ladrão da história deste país e ainda vamos lá para pedir a benção a ele? Lamentável!
Amauri
2020-03-09 20:00:08O Lula, a Dilma, a Gleise e o resto da corja, quando vão ao Foro se São Paulo, vão com que dinheiro? Essa associação de ateus sabe responder isso?
Hildemario
2020-03-09 19:43:09São privilégios e outros tantos indecentes e imorais que devem ser extintos. chega de mordomias inescrupulosas.
Riso
2020-03-09 18:46:40O Estado é laico, mas as mordomias não tem limite
Nilson
2020-03-09 18:02:27Se teve alguém neste mundo como símbolo de humildade e dedicação ao próximo foi Sta Irmã Dulce. Toda honraria com honestidade de espirito a ela não tem preço.Todo marxista é ateu eles só creem na cartilha do seu guru o resto é lorota, mimimi.
Paulo
2020-03-09 17:52:39Esta corja se apega até na irmã Dulce pra fazer turismo custeado com o nosso dinheiro. Uma vergonha!!!
Aparecida
2020-03-09 17:25:11Me dá asco, pessoas religiosas de fato, respeitam o próximo e não gostam de viver como parasitas
Odete6
2020-03-09 17:03:10Esse parasitismo é absolutamente repugnante e, em dobro, pela cooptação da nano justiça!!!!!!
Cap. Kirk
2020-03-09 16:25:46Tudo extensível aos familiares e alguns com direito a up grade turístico pós cerimônia? Ops, esqueci que para um país rico isso não pesa tanto.
Volf MS
2020-03-09 16:13:58A desordem está tão grande atualmente que os que tem razão não acreditam nem em Deus. Já conseguimos subverter os princípios cristão.