Com acordo de paz, Talibã deve proclamar vitória
Os Estados Unidos devem assinar um acordo de paz com o grupo terrorista Talibã (foto) no Afeganistão no próximo dia 29 de fevereiro. Pelo pacto, o Talibã e o governo do Afeganistão deverão liberar prisioneiros. O grupo terrorista se comprometerá a não realizar mais ataques e a parar de apoiar outros grupos terroristas, como a...
Os Estados Unidos devem assinar um acordo de paz com o grupo terrorista Talibã (foto) no Afeganistão no próximo dia 29 de fevereiro.
Pelo pacto, o Talibã e o governo do Afeganistão deverão liberar prisioneiros. O grupo terrorista se comprometerá a não realizar mais ataques e a parar de apoiar outros grupos terroristas, como a Al Qaeda. Os Estados Unidos deverão retirar 5 mil dos 13 mil soldados no país.
"Nunca fui otimista com esse acordo. Ao contrário da maioria dos estados ou dos grupos políticos, o Talibã tem uma ideologia extremista e não fará concessões em suas crenças profundamente arraigadas, que eles consideram divinas", diz Husain Haqqani, diretor do Hudson Institute em Washington e ex-embaixador do Paquistão nos Estados Unidos.
Para Haqqani, o acordo será usado politicamente pelo Talibã. "Isso é perigoso porque o Talibã proclamará a vitória. O Talibã dirá a seus apoiadores que eles expulsaram os americanos da mesma maneira que os soviéticos foram enxotados décadas atrás. Esse acordo apenas aumentará a beligerância do Talibã em relação a outros afegãos daqui para frente, incluindo o governo afegão", diz Haqqani.
Além de fortalecer o Talibã, o acordo pode permitir um ressurgimento da Al Qaeda. Foi o apoio dado a esse grupo que levou os Estados Unidos a iniciarem uma guerra no Afeganistão em 2001.
O Talibã já prometeu parar de dar suporte à Al Qaeda antes e não cumpriu. Nos anos 1990, o Talibã assumiu vários campos de treinamento usados por grupos árabes afiliados à Al Qaeda. Na época, o vice conselheiro de assuntos internacionais do Talibã, Abdul Jalil, jurou aos americanos que os árabes tinham fugido dos campos e que a localização de Osama Bin Laden era desconhecida. Em 2001, Bin Laden executou o ataque terrorista às Torres Gêmeas em Nova York, deixando mais de 2 mil mortos.
"Os americanos acreditam que as negociações oferecem uma oportunidade para acabar com uma guerra cara e impopular, mas eles não devem esquecer o histórico de enganações do Talibã. Não há evidências de que o grupo tenha mudado", diz Haqqani.
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Comentários (5)
Eduardo
2020-02-23 14:59:50Pô, Duda, dessa vez não deu pra distorcer e proclamar outro “golaço” do Trump. Na próxima você consegue.
Cap. Kirk
2020-02-23 11:12:50O ex-embaixador do Paquistão é "a priori" suspeito para emitir tal conclusão. É parte interessada, como paquistanês, cujos interesses são sabotados pelos Talibãs há décadas. Se Trump não constrói um acordo, acusam-no de belicista; se o faz, não será cumprido. Difícil agradar o mundo todo, especialmente o mundo muçulmano.
Miguel
2020-02-23 02:36:33#DIADOFODA-SE - MANIFESTAÇÃO NACIONAL em apoio a BOLSONARO e ao General HELENO na luta contra as chantagens do Congresso - 15/março - COPACABANA - POSTO 5 - 10h - O POVO de BEM de todo o BRASIL nas ruas. Precisamos de muitos, para demonstrar força em todo o canto do BRASIL. Eles têm medo das URNAS. O PREÇO DA LIBERDADE É A ETERNA VIGILÂNCIA. Divulguem ao MÁXIMO.
Juan
2020-02-22 19:18:45Ele tem razão...más isso tem que parar.
Vicente Peget
2020-02-22 12:44:21Mais um "especialista" prevendo uma catástrofe que não ocorrerá.