Lava Jato denuncia Jucá e Valdir Raupp por corrupção na Transpetro
Pela participação em um esquema de corrupção na Transpetro, a força-tarefa Lava Jato ratificou denúncia da Procuradoria-Geral da República contra os ex-senadores Romero Jucá (foto) e Valdir Raupp, o ex-presidente da estatal Sérgio Machado e os executivos Luiz Maramaldo, Nelson Maramaldo e Fernando Reis. De acordo com as investigações, entre 2008 e 2010 e em...

Pela participação em um esquema de corrupção na Transpetro, a força-tarefa Lava Jato ratificou denúncia da Procuradoria-Geral da República contra os ex-senadores Romero Jucá (foto) e Valdir Raupp, o ex-presidente da estatal Sérgio Machado e os executivos Luiz Maramaldo, Nelson Maramaldo e Fernando Reis.
De acordo com as investigações, entre 2008 e 2010 e em 2012, os ex-parlamentares receberam propina da NM Engenharia e da Odebrecht Ambiental para favorecer as empresas em contratos com a subsidiária da Petrobras. Jucá e Raupp integravam o núcleo responsável pela nomeação e manutenção de Sérgio Machado na presidência da Transpetro.
A denúncia, que descreve a prática de corrupção e lavagem de dinheiro, detalha que, em 2008, a NM Engenharia pagou 100 mil reais em propina disfarçada de doação eleitoral oficial ao MDB de Roraima. À época, o Diretório Estadual era comandado por Jucá. Os executivos Luiz Maramaldo e Nelson Maramaldo intermediaram o repasse, que abasteceu a campanha de Elton Vieria Lopes, ligado ao então parlamentar, ao cargo de prefeito de Mucajaí.
Quatro anos depois, em setembro de 2012, Raupp recebeu 1 milhão de reais da Odebrecht Ambiental, com a ajuda de Sérgio Machado. Naquele ano, o então presidente da empresa, Fernando Reis, usou outra companhia do Grupo, a Barro Novo Empreendimentos Imobiliários, para fazer duas doações, no valor de 500 mil reais, cada, para o Diretório Nacional do MDB. Conforme a peça, o ex-senador pediu o valor para aplicar à campanha eleitoral do correligionário Gabriel Chalita ao cargo de prefeito de São Paulo.
As investigações começaram em inquérito que tramitou no Supremo Tribunal Federal, pois os investigados detinham foro por prerrogativa de função. A denúncia foi originariamente apresentada pela PGR em agosto de 2017. Eram alvos, ainda, os senadores Renan Calheiros, José Sarney e Garibaldi Alves Filho, todos do MDB. Ainda no inquérito policial, o STF declarou extinta a punibilidade a Sarney e Garibaldi pela prescrição dos fatos.
Após a perda do foro por Romero Jucá e Valdir Raupp, o ministro Edson Fachin reforçou, em maio do ano passado, a competência da Justiça Federal do Paraná para os casos envolvendo a Transpetro e redirecionou o inquérito policial para a 13ª Vara Federal de Curitiba. Os autos, porém, foram recebidos apenas em 17 de dezembro do ano passado.
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Comentários (5)
Vera
2020-02-18 19:02:14Se foi pra Curitiba dá pra ter esperança de que vão ser responsabilizados !Se não vai caducar !Afff
Eduardo
2020-02-18 18:41:02Graças ao STF e ao presidento, pode investigar, denunciar, provar, que ninguém é condenado ou preso. Não era Bolsonaro que ia acabar com o toma lá da cá, que ia enfrentar a corrupção?
CARLOS BRASILIANO
2020-02-18 15:20:41Graças a Deus, que eles estão perdendo o poder e nas próximas eleições que possamos completar a limpeza, do jeito que íamos breve seriamos uma Venezuela em tamanho gigante
EDIRVAL
2020-02-18 15:02:48Ladrões da pior espécie que só pensam neles mesmos fazendo com que o povo sofra ainda mais. São assassinos que matam pessoas diariamente sem dó nem piedade, haja vista que o dinheiro por esses porcos roubados deixam de ser aplicados em melhorias na saúde, na educação e na segurança. E o pior que se forem questionados acerca dos fatos dirão que tem conduta ilibada, que é uma afronta a denúncia, etc.
Maria
2020-02-18 15:01:54se ainda tivessem foto previlegiado seus processos estariam dormindo na gaveta dos deuses do STF