EXCLUSIVO: Com cambalacho, Lulinha tomou empréstimo no BNDES para comprar equipamentos
Documentos apreendidos em dezembro pela Polícia Federal na sede da Gamecorp S/A, em São Paulo, mostram que a empresa de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha (foto), comprou equipamentos em 2013 usando dinheiro de um contrato de financiamento do BNDES que foi terceirizado. O contrato encontrado no escritório do filho primogênito do ex-presidente Lula...
Documentos apreendidos em dezembro pela Polícia Federal na sede da Gamecorp S/A, em São Paulo, mostram que a empresa de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha (foto), comprou equipamentos em 2013 usando dinheiro de um contrato de financiamento do BNDES que foi terceirizado.
O contrato encontrado no escritório do filho primogênito do ex-presidente Lula mostra que a Gamecorp, que tinha a companhia telefônica Oi como sócia, usou um empréstimo a juros baixos concedido pelo banco público a outra empresa de menor porte de Lulinha, a G4, para comprar 36 decodificadores e conversores digitais, pelo valor total de 396 mil reais.
No documento, intitulado "Contrato de Repasse Recursos BNDES", a Gamecorp se compromete a repassar à G4 todo o valor emprestado pelo BNDES em 22 parcelas, com a inclusão dos juros baixos cobrados, e ainda uma taxa de 10% "referente à administração do contrato" com o banco federal de fomento. Ou seja: foi feita uma triangulação, já que a Gamecorp não se enquadrava nos critérios para a obtenção dos recursos.
A G4 foi criada por Lulinha no mesmo ano da Gamecorp, em 2004, e tem como sócios Lulinha e os irmãos Kalil e Fernando Bittar, proprietário formal do sítio de Atibaia, que era frequentado por Lula e foi reformado pela Odebrecht e pela OAS com dinheiro de propina.
Apreendidos na Operação Mapa da Mina, a 69ª fase da Lava Jato, os documentos mostram que a compra dos equipamentos pela Gamecorp foi feita no dia 14 de janeiro de 2013 e que o empréstimo do BNDES à G4 foi liberado pelo banco no dia 5 de fevereiro daquele ano, com juros de menos de 1% ao mês. Segundo o BNDES, essa modalidade de financiamento é destinada a micro, pequenas e médias empresas ou a empreendedores individuais.
A G4 tem capital social de 100 mil reais e registro para atuar com suporte técnico e manutenção em tecnologia. Já a Gamecorp, que é responsável pelo canal de televisão paga PlayTV, voltado à programação musical e de games, tem capital de 6,48 milhões de reais e recebeu cerca de 83 milhões de reais do grupo Oi/Telemar entre 2004 e 2016.
A PF suspeita que os repasses feitos pela Oi/Telemar às empresas de Lulinha e de seus sócios, como Jonas Suassuna, tenham sido uma forma de pagar propina em troca de decisões favoráveis ao grupo durante os governos do PT.
Na semana passada, a partir de outros documentos encontrados pela polícia na sede da Gamecorp, Crusoé mostrou que, depois da Lava Jato, a Oi passou empréstimos feitos em 2007 pela companhia à empresa de Lulinha (leia aqui).
O advogado Fabio Tofic, que defende Lulinha, classificou o caso envolvendo o empréstimo do BNDES como "ilações despropositadas".
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Comentários (10)
Leandro
2020-12-25 13:07:21Com a lava jato cada vez mais enfraquecida e com Aras filtrando o q vai ou não vai a julgamento, não vejo como prosperar a investigação e se chegar ao STF haverá sempre os Kassios, gilmar, Levandowski, Marco Aurélio etc... pra votar contra. Só MORO nos salva.
Dagoberto
2020-12-25 12:26:12Ban.didos, calh.ordas, tranqueiras, ladroes do dinheiro público! Tal pai, tal filho.
Marcos
2020-12-25 11:02:39E porque o Lulinha e seus sócios não foram pra cadeia???? O que faz o STF nesse caso ? Claro que não toma conhecimento. Pobre Brasil!
Analfabento
2020-02-15 10:25:39O metralhinha puxou o papai metralha. Vão gostar de grana fácil assim no inferno...
Antonio
2020-02-10 14:40:32Pois é. Absurdo. Porque a Receita Federal não investiga? Falta de vontade porque se eu erro um codigo no IRPF, coloco valores reais e legais noIRFF mesmo assim tenho que ir até lá e provar que estou certo. São sempre valores ridiculos. Agora vejam só são milhões e ninguem desconfia e investiga? Conversa fiada.
Antonio
2020-02-10 14:40:22Pois é. Absurdo. Porque a Receita Federal não investiga? Falta de vontade porque se eu erro um codigo no IRPF, coloco valores reais e legais noIRFF mesmo assim tenho que ir até lá e provar que estou certo. São sempre valores ridiculos. Agora vejam só são milhões e ninguem desconfia e investiga? Conversa fiada.
Aldo
2020-02-06 16:59:34Explica-se aí, entre outras "jogadas", como um empregado de jardim zoológico teve uma ascensão o meteórica.
Giovani
2020-02-06 13:57:34Até quando, meu Deus?!
Sandro
2020-02-06 12:03:18Esse é o filho da "alma mais honesta desse país" segundo o próprio. Vamos ver como ele se safa dessa.... Mas o certo é que, assim como o pai ladrão, esse sujeito não tem neurônios suficientes para bolar um esquema desses, tem que pegar também quem foi o mentor (ou mentores) intelectual (ais) desse crime. Mas o importante mesmo é que todos estejam na cadeia.
Barros
2020-02-06 10:50:08Onde há PT, a corrupção está presente.