Sem falar em greve, caminhoneiros pressionam por benefícios
Líderes de entidades que representam os caminhoneiros desembarcam em Brasília nesta semana para um périplo por gabinetes. Eles vão se reunir com parlamentares e integrantes do governo federal em busca de apoio para medidas que beneficiam a categoria. Os caminhoneiros reivindicam, principalmente, a redução no preço do diesel, a revisão do valor mínimo da tabela...
Líderes de entidades que representam os caminhoneiros desembarcam em Brasília nesta semana para um périplo por gabinetes. Eles vão se reunir com parlamentares e integrantes do governo federal em busca de apoio para medidas que beneficiam a categoria.
Os caminhoneiros reivindicam, principalmente, a redução no preço do diesel, a revisão do valor mínimo da tabela de frete e a fiscalização para o pagamento do frete por parte das empresas.
O tabelamento é considerado uma das grandes conquistas da greve de 2018, que provocou uma crise de desabastecimento no país durante o governo Michel Temer. Mas, como mostrou Crusoé na edição desta semana, uma cooperativa comandada por Wallace Costa Landim, uma das principais lideranças da classe, está em crise financeira por prejuízos justamente após a medida entrar em vigor.
Landim, que liderou a histórica paralisação de 2018, acredita que o governo vai atender as demandas. “Está tudo muito bem encaminhado”, afirma.
Também conhecido como Chorão, Landim diz que a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a ANTT, se comprometeu a publicar o novo Código Identificador da Operação de Transportes. O código vai colaborar com a fiscalização e punição de empresas que contratam caminhoneiros com preços abaixo do mínimo estabelecido na tabela do frete.
O representante dos caminhoneiros, que deixou a presidência da cooperativa no dia 11 em um "momento muito difícil", defende a criação de mais de 100 cooperativas para, segundo ele, fortalecer a categoria e “acabar com atravessadores”.
O plenário do Supremo Tribunal Federal deve julgar, ainda no início deste ano, ações movidas por associações empresariais que contestam a validade do tabelamento. Elas alegam que estabelecer um preço mínimo para o frete viola o princípio da livre concorrência e prejudica o consumidor.
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Comentários (5)
Ivo
2020-02-03 13:05:28O governo precisa é incentivar o transporte ferroviário. Precisamos de ferrovias pelo Brasil. Tantas empresas quebrando, caminhoneiros querem privtantos desempregadosilégios. Se tá ruim, tentem outra profissão.
Francisco
2020-02-03 11:27:04O governo só atrapalha impondo essa tabela de preços mínimos para os fretes; o próprio mercado deve ser livre para se auto regular.
Giancarlo
2020-02-03 07:26:46Por que não fiscalizam os exessos de peso? Tem caminhão transportando quase o dobro do permitido, ou seja, um transporta por dois, tirando um do mercado...
Miguel
2020-02-02 19:36:23Antigamente os caminhões apareciam com a bandeira da CUT, PT, PCdoB. PSOL etc. Muita coisa está mudando, só a josefa não vê. PÁTRIA AMADA BRASIL.
Rafael
2020-02-02 18:30:44É óbvio que tabelamento viola a livre concorrência, não precisa ter três neurônios para saber disso. Uma bomba que o Temer deixou para o Brasil.