Justiça nega mais dois pedidos para soltar acusado de ataques hacker a autoridades
O ex-motorista de aplicativo Danilo Cristiano Marques (foto), um dos indiciados pela Polícia Federal por participar dos ataques hacker a centenas de autoridades, teve mais dois reveses na Justiça durante o recesso de fim de ano. Preso preventivamente desde julho de 2019, Marques pediu sua soltura argumentando que teve uma participação secundária no episódio e...
O ex-motorista de aplicativo Danilo Cristiano Marques (foto), um dos indiciados pela Polícia Federal por participar dos ataques hacker a centenas de autoridades, teve mais dois reveses na Justiça durante o recesso de fim de ano. Preso preventivamente desde julho de 2019, Marques pediu sua soltura argumentando que teve uma participação secundária no episódio e que não oferecia mais riscos à investigação. Sua solicitação, porém, foi negada tanto na primeira instância quanto pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, desembargador Carlos Moreira Alves, durante o recesso forense entre os dias 20 de dezembro de 2019 e 6 de janeiro de 2020.
Agora, a defesa do ex-motorista aguarda a análise do mérito do recurso pelo TRF-1, o que só deve ocorrer a partir de fevereiro.
Único dos investigados que é representado pela Defensoria Pública da União, Danilo Marques trabalhava como motorista de Uber até ser preso pela Polícia Federal na Operação Spoofing, em julho do ano passado. As investigações revelaram que ele atuava como testa de ferro do hacker Walter Delgatti Neto, conhecido como Vermelho e que foi um dos responsáveis pelas invasões de contas de Telegram de centenas de autoridades, incluindo do coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol.
De acordo com a PF, Danilo Marques disponibilizou sua conta bancária para Vermelho movimentar dinheiro e até comprou dólares para ele. O ex-motorista ainda emprestou seu nome para o hacker, que já era procurado pela Justiça por outros crimes, alugar um imóvel e contratar serviços de internet. Marques atuou junto com Delgatti nos golpes bancários aplicados pelo grupo criminoso. Diante disso, a PF o indiciou por organização criminosa e interceptação ilegal de conversas.
Para sua defesa, porém, ele não teria atuado diretamente no roubo de informações de autoridades e, por isso, sua permanência na prisão não se justificaria mais, passados cinco meses da primeira etapa da operação. Atualmente, dos seis indiciados pela Polícia Federal apenas Marques e o programador Thiago Eliezer Martins, conhecido como Chiclete, seguem presos.
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Comentários (3)
Liliana
2020-01-07 20:06:46Ele e os outros têm que ficar anos em cana e aquele Greenfraude é outro que devia ser preso e deportado.
Caubi
2020-01-07 18:25:03Bom para ele que a Justiça é boazinha. Fosse eu e ficaria um bom tempo enjaulado para aprender a ganhar dinheiro honestamente.
César
2020-01-07 18:14:36E o Verdevaldo continua sua busca por notícias falsas? Depois que o Carniça foi solto, acabaram as notícias. Pura coincidência.