Ofício do Coaf contradiz tese da defesa de Flávio Bolsonaro; leia o documento
Uma das alegações do advogado Frederick Wassef, responsável pela defesa do senador Flávio Bolsonaro no caso Queiroz, é que os promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro teriam solicitado dados sigilosos ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, por e-mail, sem seguir os parâmetros estabelecidos pela lei. No entendimento do defensor do...
Uma das alegações do advogado Frederick Wassef, responsável pela defesa do senador Flávio Bolsonaro no caso Queiroz, é que os promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro teriam solicitado dados sigilosos ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, por e-mail, sem seguir os parâmetros estabelecidos pela lei. No entendimento do defensor do filho de Jair Bolsonaro, a prática poderia se caracterizar como uma quebra de sigilo sem autorização da Justiça.
O MP-RJ contesta a versão de Flávio Bolsonaro e diz que seguiu os procedimentos estabelecidos por lei. Para sustentar sua posição, os promotores citam o ofício 40.340 encaminhado pelo Coaf após questionamento do MP-RJ.
“Nesse sentido, RIFs disseminados ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro percorreram a mesma via oficial que é aditada para disseminação dos demais relatórios de inteligência financeira, a exemplo dos mencionados RIF 22.746 e 38.484, os quais foram enviados por meio do SEI-C 39208 e do SEI-C 49744, respectivamente”, diz o ofício de 2 de dezembro assinado por Jorge Luiz Alves Caetano, presidente substituto do Coaf.
O MP-RJ questionou o Coaf após a defesa de Flávio Bolsonaro alegar ao STF, ainda em julho, que os promotores haviam solicitado dados diretamente ao órgão por meio de e-mails. No ofício, os investigadores cariocas solicitaram que fosse esclarecido qual o mecanismo de intercâmbio de informações entre o Coaf e as autoridades responsáveis pelas investigações criminais e, também, como se deu o envio dos dados nos casos de dois RIFs, os Relatórios de Inteligência Financeira, que citam transações atípicas de Fabrício de Queiroz e Flávio Bolsonaro.
Leia abaixo a íntegra do Ofício enviado pelo Coaf ao MP-RJ:
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Comentários (10)
NELSON
2020-01-02 23:01:50Não tem acesso ao link do ofício, porem a verdade vira não tem nada que fique oculto tudo será revelado. A VERDADE ESCONDIDA será conhecida por todos.
ROGERIO
2019-12-31 18:41:59é óbvio que este presidente já perdeu o controle da sua gestão. o Bolsa já fez seu trabalho, tirar o PT do poder agora pode deixar pra Mourão, Guedes e Moro
Marco
2019-12-31 13:08:00Esse assunto é mais do que sabido. Resta ao presidente entender que seu compromisso com a nação é maior do o que tem com seu filho, e deixá-lo seguir seu destino. Seu comportamento passado deixa grandes dúvidas no ar e comprometem o bem intencionado governo Bolsonaro.
JORGE
2019-12-31 10:52:36Se o cara é culpado deve ser investigado, ser processado, ter direito de defesa, ser condenado e cumprir a pena, independente do paciente. O que não pode é ser utilizado esse procedimento por pessoas de caráter duvidoso para desestabilizar o GF. Isso contamina o trabalho sério, que deveria ser o da Justiça.
Elizabeth
2019-12-31 05:13:13É fofo as coisas estão aparecendo e papai está cada vez mais desesperado querendo proteger o rebento.
Eduardo
2019-12-30 19:13:38Caem por terra as alegações da defesa de Flávio Bolsonaro e as “justificativas” da suspensão, pelo Toffoli, das investigações envolvendo o COAF e a Receita. Vemos agora que nada havia de irregular na conduta da polícia e do MP. Como no caso do juiz de garantias, inventaram motivos para justificar medidas desnecessárias e absurdas que só interessam aos corruptos.
Cretino
2019-12-30 17:59:15Advogado, quando não consegue mais evitar as evidências e as provas, tem mania de criar chicanas, tal como a acima. As situações de Flávio e de Queiroz são indefensáveis. A não ser que Jair Bolsonaro faça novo acordão espúrio com o STF, seu filho e seu amigão irão enfrentar processo, sim. Tudo muito forte e claro quanto à culpabilidade.
Paulo Renato
2019-12-30 16:32:43Eu já acho que em virtude desses últimos eventos de fim de ano, o Ministério Público deveria aprofundar nesse assunto e com urgência, pois já estou achando que tem algo mais aí nesse angú de caroço. Isso se não aparecer mais coisa por aí para impedir as investigações.
Massaaki
2019-12-30 16:30:09Tudo válido, portanto...
Massaaki
2019-12-30 16:29:53Tudo constitucional, legal, legítimo e moral, e de acordo com a praxe profissional de quem trabalha em órgãos de inteligência. Então, tudo verdadeiro e válido.