Deputada fluminense acha que funcionários do DF têm privilégios
O pedido do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, de reajuste de 8% a servidores da segurança pública de Brasília vai intensificar o debate sobre a destinação de recursos do Fundo Constitucional do Distrito Federal. O presidente Jair Bolsonaro recuou da medida provisória para o reajuste e irá enviar um projeto sobre a questão ao...
O pedido do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, de reajuste de 8% a servidores da segurança pública de Brasília vai intensificar o debate sobre a destinação de recursos do Fundo Constitucional do Distrito Federal. O presidente Jair Bolsonaro recuou da medida provisória para o reajuste e irá enviar um projeto sobre a questão ao Congresso Nacional. Mas o aumento salarial a bombeiros, policiais civis e militares do Distrito Federal com recursos da União gerou controvérsia entre integrantes da equipe econômica e alimentou o receio de insatisfação entre forças de segurança de outros estados.
Uma proposta de emenda à Constituição que está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara determina a divisão de recursos do fundo entre Brasília e o Rio de Janeiro. A PEC é de autoria da deputada Clarissa Garotinho (foto), do Pros. O fundo deverá superar em 2020 o valor de 15,7 bilhões de reais.
Para a deputada, o reajuste na remuneração dos policiais mostra que o Distrito Federal é privilegiado. “O governo do Distrito Federal vem dando consecutivos aumentos aos seus servidores, desproporcionais aos concedidos ao funcionalismo do resto do país, com o objetivo de justificar a existência do Fundo Constitucional”, argumenta Clarissa. “Esse reajuste acima da inflação gera disputa e desigualdade com servidores de outros estados. A polícia do Rio, por exemplo, enfrenta problemas graves e sérios, como o tráfico de drogas e de armas, e também precisa de recursos”, acrescentou.
Para o relator da PEC na CCJ da Câmara, Fábio Trad, o reajuste concedido aos policiais do DF, com aval de Bolsonaro, dará mais visibilidade ao debate sobre a proposta, chamada de PEC da Reparação. O deputado vai realizar audiência pública logo após o recesso. “Quero ouvir especialistas, representantes do DF, do Rio de Janeiro e técnicos do Tesouro. Ainda não tenho posicionamento sobre a PEC, mas não vi nenhuma inconstitucionalidade no texto”, adianta o deputado federal do PSD.
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Comentários (9)
Fredson
2019-12-29 15:09:04Esses dois estados deveriam é ter gestores mais comprometido com a austeridade. Porque não adianta ter recurso de 100 milhões, se é mal gasto.
Carlos
2019-12-29 10:44:49Sempre RJ e Brasília querendo que todos brasileiros cubram as despesas criadas por eles ! Gastam a rodo e depois nós trouxas pagadores de impostos de outros estados temos que pagar a conta!
Lídia
2019-12-29 10:32:36Hahhahh! Eles, sempre eles! Essa famiglia não desiste!
José
2019-12-29 09:27:52Na cabeça deles: é para isso que tem os pagadores de impostos
Marcelo
2019-12-29 07:24:30A nota termina sem informar a referência da PEC que indica. A repórter penso que esqueceu. Alguém sabe?
Volf MS
2019-12-29 07:09:48E os funcionários da saúde, educação etc, ficam preteridos? São mais importantes? O lobby é mais forte? Ganham tão mal assim? Qual o salário de um coronel, de um delegado.
Manuel
2019-12-28 19:15:18Sou extremamente contra esse aumento para esses funcionários públicos do DF onde todos os estados tem de bancar. Chega de abusos com o dinheiro público privilegiando A ou B sendo que esse já onera demais nosso povo. Deputados tá na hora de acabar com a estabilidade e pagar salários ao funcionalismo conforme regra de mercado. Chega o estado e o povo não aguenta mais.
Jose
2019-12-28 18:16:05o GDF deve ser mudado pela constituição ... deve ser zona neutra de política local e com governo nomeado ... sem deputados e senadores ... o DF tem sido vilipendiado por politica local
Sebastião
2019-12-28 17:31:39É imoral policiais de outros estados terem os salários inferiores aos do DF. São os que mais trabalham e que são exposto. Um absurdo dos absurdos que precisa ser corrigido.