Ministro do STJ critica juiz da Lava Jato no Rio ao soltar auditor preso por propinas
O ministro do Superior Tribunal de Justiça Ribeiro Dantas (foto) determinou a soltura do auditor fiscal Marco Aurélio Canal, preso em outubro na Operação Armadeira por usar sua função na Lava Jato no Rio de Janeiro para cobrança de propinas. Dantas considerou que não há provas de que Canal será um risco às investigações do...
O ministro do Superior Tribunal de Justiça Ribeiro Dantas (foto) determinou a soltura do auditor fiscal Marco Aurélio Canal, preso em outubro na Operação Armadeira por usar sua função na Lava Jato no Rio de Janeiro para cobrança de propinas. Dantas considerou que não há provas de que Canal será um risco às investigações do caso.
O ministro, em sua decisão, criticou os motivos para a prisão, determinada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, responsável pelos casos da Lava Jato na primeira instância no Rio de Janeiro. "O juízo de primeiro grau utilizou argumentos genéricos, valendo-se da própria materialidade dos delitos imputados na ação penal e dos indícios de autoria", avaliou. "Ao que tudo indica, o magistrado singular serviu-se de meras conjecturas a respeito da probabilidade de que o paciente, solto, venha a prejudicar as investigações e continuar a delinquir. Suas conclusões são baseadas em presunções", reprovou.
A decisão foi dada na quinta-feira, 19, e Canal foi solto no sábado, 21. O auditor era supervisor nacional da equipe especial de programação da Lava Jato, responsável pelas multas por sonegação fiscal dos investigados na operação no Rio. Investigações concluíram que o supervisor atuou na cobrança de 4 milhões de reais da Fetranspor, entidade que reúne as empresas de ônibus do Rio de Janeiro.
O ex-presidente da Fetranspor Lélis Teixeira, em sua delação após ser preso na Operação Ponto Final, contou que se reuniu com Canal para discutir uma autuação contra a entidade, mas pagou propina a outro preso na Armadura, o ex-auditor Elizeu Marinho. Canal também foi acusado de acessar dados do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e da mulher, Guiomar Feitosa.
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Comentários (10)
Nilson
2019-12-24 16:41:53Com este poder judiciario que temos onde juízes monocraticamente interpretam as leis a seu bel prazer estamos fritos. O Brasil é o país da impunidade, os criminosos se deleitam.
Celso
2019-12-24 12:17:22Não entendi juiz favorável à propina?BELLA ROBA
João
2019-12-24 10:20:37Mais um querendo aparecer, desta vez por motivos errados.
IVO
2019-12-24 09:47:37Espera-se que os tribunais superiores, sejam os guardiões da constituição. O que temos visto é que são guardiões dos poderosos que cometem ilícitos.
José
2019-12-24 08:31:00Mais um Alice no país ...
Elza
2019-12-24 08:11:39Qq agente público que usa seu cargo e as informações obtidas no exercício da função tem que ter a pena e o rigor dobrado. Errou o Magistrado! Deve ser mais um da turma que quer derrubar a Lava Jato! Lamentável!
Edmundo
2019-12-24 07:47:48Tem muita gente com medo de delações. Sr. Juiz o Brasil precisa ser passado a limpo. Acho que magistrado está enganado com lava jato ou não leu os processos!
Marcos
2019-12-24 02:50:17Em 2022, MORO PRESIDENTE, BRETAS VICE. E que baixem o AI 5.
Carlos
2019-12-24 00:40:48Lava Toga já, para o bem do Brasil!
André
2019-12-23 23:17:00São tantas bandalheiras, tantos casos de corrupção, a justiça é lenta demais, com exceção da Lava Jato, a justiça brasileira não funciona e é das mais caras do mundo em relação ao PIB. Precisamos de uma nova constituição já! A impunidade é um incentivo à corrupção.