Ex-assessor é condenado por 'rachid' em gabinete do líder da bancada evangélica
A Justiça Federal condenou um ex-secretário parlamentar do deputado federal Silas Câmara, do Republicanos, pela prática conhecida como "rachid" ou "rachadinha". Considerado peculato, o crime consiste na devolução de parte dos salários dos funcionários do gabinete ao parlamentar. Raimundo Gomes, o ex-funcionário, deverá cumprir pena de quatro anos e cinco meses de prisão em regime...
A Justiça Federal condenou um ex-secretário parlamentar do deputado federal Silas Câmara, do Republicanos, pela prática conhecida como "rachid" ou "rachadinha". Considerado peculato, o crime consiste na devolução de parte dos salários dos funcionários do gabinete ao parlamentar.
Raimundo Gomes, o ex-funcionário, deverá cumprir pena de quatro anos e cinco meses de prisão em regime semiaberto, além de pagar multas, custas e despesas processuais. O deputado, que é coordenador da bancada evangélica na Câmara e possui foro privilegiado, responde ao processo no Supremo Tribunal Federal.
A decisão contra Gomes foi proferida pelo juiz da 15ª Vara, Rodrigo Bentemuller, e foi resultado de denúncia do Ministério Público Federal contra o ex-secretário e o parlamentar. Segundo o MPF, as investigações comprovaram que Silas contratou 18 pessoas para cargos em comissão na Câmara, os quais tinham de devolver seus salários ao deputado.
Os funcionários foram chamados para exercer as funções de secretários no escritório de representação de Silas no Amazonas, seu reduto eleitoral, ou no gabinete em Brasília. O parlamentar exigia de seus assessores parte ou a totalidade de suas remunerações. Alguns funcionários sequer cumpriam expediente de trabalho no escritório de representação no Amazonas.
Segundo o MPF, Raimundo Gomes era o responsável pelo recolhimento de parte dos salários pagos a todos os outros assessores mencionados. Gomes repassava os valores diretamente a Silas, pagava despesas do gabinete ou pessoais do próprio deputado, como gastos com cartões de crédito. A prática teria ocorrido, pelo menos, no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2001.
Em defesa, o ex-secretário alegou cumprir ordens superiores. O MPF rebateu o argumento, ao esclarecer que a relação de subordinação hierárquica não justifica o cometimento de delito, uma vez que ao servidor cabe negar o cumprimento de ordem superior ilegal.
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Comentários (10)
Neusa
2019-10-31 09:07:25e o Queiroz ?
TANIA
2019-10-29 12:29:43Tem que acabar com a cultura tradicional de Rachid como se fosse algo comum e não corrupção. Ficarei feliz quando pegarem os líderes de todas as principalmente assembleias do RJ e SP.
MarcoA
2019-10-29 10:57:36Atençáo as datas, delitos cometidos emtre 2000 e 2001,,,,,estamos fudddds.........e essa turma é bem acostumada com os 10%
Aurélio
2019-10-29 10:38:56Essa tal Bancada Evangelica,tbm não está nem ai pros pobres mortais.Bando de abutres,primeiro eu depois eu ,e depois eu tbm.
Victor
2019-10-29 10:05:58E quanto ao André ciciliano pt rj ?
Cássio
2019-10-29 09:33:56Com certeza não o STF, mas o povo do Amazonas vai saber fazer justiça. Lembrem-se do nome do bandido: Silas Câmara, do Republicanos.
Rui
2019-10-29 09:25:43Eita câncer chamado Rachadinha! Fala mais Queiroz!!!
Takaiuki
2019-10-29 07:07:57A rachadinha é geral em todos os níveis. Desde s Câmara Municipal.
Astor
2019-10-28 18:42:07Caiu no STF, pode ficar de boa
FERNANDO
2019-10-28 17:42:55Fica tranquilo deputado.. seu caso vai ser analisado pelo STF... lá, é tranquilo para os ladrões e corruptos. Relaxa e goza!