Uma saída para Boris Johnson
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson (foto), discursa nesta terça-feira, 24, na ONU. De noite, ele retorna para Londres, onde o Parlamento retomará as sessões na quarta, às 11h30 da manhã. Johnson sofreu uma surpreendente derrota com a sentença da Suprema Corte afirmando que sua decisão de suspender o Parlamento foi ilegal. Deputados da oposição já...
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson (foto), discursa nesta terça-feira, 24, na ONU. De noite, ele retorna para Londres, onde o Parlamento retomará as sessões na quarta, às 11h30 da manhã.
Johnson sofreu uma surpreendente derrota com a sentença da Suprema Corte afirmando que sua decisão de suspender o Parlamento foi ilegal.
Deputados da oposição já começaram a pedir a renúncia de Johnson. "Ele deveria considerar sua situação e se tornar o primeiro-ministro com o menor tempo no cargo", disse o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn.
Mas Johnson não deu sinais de que irá desistir. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ele prometeu voltar ao seu país para conduzir "uma agenda doméstica muito forte" e realizar o Brexit no dia 31 de outubro.
"A julgar pela nossa tradição, o esperado seria que o primeiro-ministro renunciasse diante de condições tão problemáticas. Mas Johnson é ambicioso e muitos deputados que poderiam exercer influência sobre ele foram expulsos ou rotulados como a favor da União Europeia", diz o cientista político britânico Roger Eatwell, da Universidade de Bath.
No Parlamento, Johnson deve preservar o apoio dos conservadores e seguir com um discurso populista. "Ele provavelmente vai tentar colocar a questão como uma disputa entre o povo e o Parlamento, com ele fazendo o papel de democrata buscando realizar o desejo da população, manifestado no referendo do Brexit de 2016", diz Eatwell.
Caso perceba que não terá condições de realizar o Brexit como prometido no dia 31 de outubro, Johnson poderia renunciar ao cargo de primeiro-ministro, mantendo a liderança no Partido Conservador. "Nesse caso, a renúncia o livraria da impressão de que ele falhou ou mentiu sobre o Brexit. Ele então ficaria livre para atacar qualquer acordo de saída da União Europeia alegando que foi leve demais", diz Eatwell.
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Comentários (7)
JAT
2019-09-25 14:34:57Mais cheio de paraquedas. A Inglaterra SAI de um JEITO ou de outro . FECHA A CASA . SEM NENHUMA RESPOSABILIDADE. TOMA UMA DECISÃO ANTI CONSTITUCIONAL. E AGORA MINISTRO BOTA OU O RABO ENTRE AS PERNAS?
Cretino
2019-09-25 13:43:43A única saída para Boris Johnson é a RUA, se ainda restar algum "good sense" no Parlamento. Parece-me que UK involuiu a partir do imbecil David Cameron; virou um "non sense". Johnson, Farage, Cummings, Corbyn, são a ralé política, espelho do mundo atual.
Rozemeire
2019-09-25 07:02:26E até cômico ouvir brasileiros pregar este tipo de discurso, não adianta a Inglaterra querer fugir dos mulcumanos pois eles não vão sair daqui, há de se respeitar todos e aprender conviver com as diferenças. Vivo aqui há mais de 30 anos e nunca fui maltratada por ninguém, não somos melhores que ninguém e podemos sim viver todos em paz Roze
ALEXANDRA
2019-09-25 07:01:36O Reino Unido se meteu em uma enrascada das grandes ao aprovar a saída da UE. Além dos graves econômicos com o Brexit, terá também problemão político, com a insatisfação da Escócia e da Irlanda do Norte, que votaram a favor da permanência e podem optar pela independência para continuarem na União Europeia.
Marilia
2019-09-24 20:17:40Este Brexit está demorando demais para acontecer. Os ingleses vão se ferrar se não caírem fora! A Europa esta contaminada com os “politicamente corretos”. Todos vão à bancarrota! Affe!!!!!
Nelson
2019-09-24 19:57:54Do jeito que está a coisa, Britain tem de sair da euro zone no dia 31/10 a menos que Britain peca outra extensão. Apenas o primeiro ministro pode pedir uma extensão. Desse modo apenas com uma eleição ele pode ser removido e ele quer a eleição. Como podem ver não está assim tão ruim.
Paulo
2019-09-24 19:28:27A verdade é que o povo Britânico escolheu SAIR da nefasta união comunista europeia , e o PT de lá não quer deixar.