"Não pode dar ordens ao exército da Colômbia", diz Petro sobre Maduro
Petro rechaçou o pedido de ajuda do ditador chavista por uma “união perfeita" em defesa da soberania dos dois países
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou nesta quinta, 18, que o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, não possui ingerência para dar ordens às Forças Armadas de seu país.
Na véspera, Maduro havia convocado militares da Colômbia a formarem uma "união perfeita" com a Venezuela em defesa da "soberania" dos dois países.
"Não, ele não tem que dar ordens aos militares. A única forma de essas duas nações se unirem — elas já estiveram unidas no passado, pela história — é por meio do poder constituinte e da soberania popular. A Bolívar foi proibido entrar na Venezuela; o general Páez não permitiu, e então ele teve de desviar para Santa Marta, onde acabou morrendo por não levar Manuela Sáenz para cuidar dele."
Petro acrescentou que a reunificação regional só poderia ocorrer sob bases democráticas.
Eu disse ontem que isso é um problema dos homens, que sempre gostamos de andar sozinhos por aí. A única maneira de as nações voltarem a estar juntas — Panamá, Equador, Colômbia e Venezuela — é com o poder constituinte e a soberania popular. Enquanto isso não acontecer, ninguém pode dar ordens ao exército do outro país. Eu não posso dar ordens ao exército da Venezuela, nem de lá podem dar ordens ao exército da Colômbia."
Convocação de Maduro
Maduro apelou por apoio dos militares colombianos.
"E a maior garantia que temos de paz, estabilidade, respeito no mundo é a união. Por isso, meu apelo hoje, a 200 anos da aprovação da lei fundamental fundadora da Colômbia, a Grande, a 206 anos de ter sido fundada esta grande ideia, esta grande nação que se declarou república em armas e deu a liberdade completa à América do Sul. Faço meu apelo ratificado, com profundo amor de grande colombiano que me sinto, ao povo comum da Colômbia, aos seus movimentos sociais, às suas forças políticas, aos militares da Colômbia, que conheço muito bem, eu os chamo, à união perfeita com a Venezuela, para que ninguém ouse tocar a soberania dos nossos países e para exercer o ditame de Bolívar, de união permanente e de felicidade compartilhada", disse Maduro durante a entrega da sede da Sociedade Bolivariana da Venezuela, realizada no aniversário de falecimento de Simón Bolívar, libertador de vários países da América Latina.
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na terça-feira, 16, a imposição de um “bloqueio total e completo” a petroleiros que violassem as sanções comerciais dos EUA, tanto na chegada quanto na partida da Venezuela.
A decisão americana visa aumentar a pressão contra o regime.
Em resposta à decisão do presidente americano, Maduro ordenou a mobilização da Marinha da Venezuela para acompanhar navios-tanque que transportam petróleo e seus derivados.
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Comentários (1)
Clayton De Souza pontes
2025-12-18 20:27:44Parece que o Maduro está querendo escalar essa briga