EUA cobram eleições transparentes em Honduras
Na OEA, Christopher Landau exigiu independência do Conselho Nacional Eleitoral hondurenho no pleito de 30 de novembro
O subsecretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, cobrou da presidente de Honduras, Xiomara Castro, e das Forças Armadas do país garantias de eleições transparentes em 30 de novembro.
Landau participou nesta terça, 25, de uma sessão extraordinária do Conselho Permanente da OEA (Organização dos Estados Americanos).
Ele afirmou que o processo eleitoral deve ser conduzido, de forma independente, pelo Conselho Nacional Eleitoral.
“Se o governo hondurenho espera tranquilizar este órgão e, mais importante, seus próprios cidadãos sobre a integridade do processo eleitoral, pedimos um compromisso de respeitar os requisitos legais hondurenhos, um compromisso de manter a independência do Conselho Nacional Eleitoral, um compromisso de que apenas o Congresso em sua totalidade, e não uma comissão especial, participe do processo eleitoral quando necessário, um compromisso de que as Forças Armadas se atenham aos papéis definidos pela Constituição e protejam o material eleitoral sem se envolverem na contagem dos votos e mantenham uma posição apartidária, e um compromisso de todos os candidatos e partidos de não se declararem vencedores até que o CNE indique o contrário”,
Landau acrescentou: “Ao povo de Honduras, deixo esta mensagem. Nós os ouvimos e estamos com vocês. Saiam e votem em 30 de novembro para fazerem parte do futuro democrático do seu país e do Hemisfério.”
"Conspiração da oposição"
Marlon Ochoa, membro do Conselho Nacional do partido governista, afirmou que existe uma conspiração da oposição contra o processo eleitoral.
Ele citou áudios que supostamente pertencem a uma assessora do Partido Nacional
“Apesar da conspiração que foi tentada contra o processo eleitoral, uma parte substancial do material eleitoral já se encontra em seu território e está pronta para ser usada no dia da eleição”, disse Ochoa.
No entanto, ele não explicou como obteve as gravações, em que circunstâncias foram registradas ou quando foram feitas.
O partido governista garante que as eleições vão transcorrer normalmente.
“Posso afirmar com responsabilidade, perante este Conselho Permanente, que o povo hondurenho encontrará seus centros de votação abertos, suas urnas eletrônicas instaladas e seu material disponível no dia da eleição”, afirmou Ochoa.
Cenário político
A eleição é acompanhada pela União Europeia, Organização dos Estados Americanos (OEA) e Estados Unidos.
Mais de seis milhões de hondurenhos estão aptos a votar.
Os principais são Rixi Moncada, do partido governista Libre, Nasry "Tito" Asfura, do Partido Nacional, e Salvador Nasralla, do Partido Liberal.
O país vive um ambiente de forte polarização, com a disputa concentrada entre o bloco de esquerda e as forças tradicionais de direita.
Os partidos de oposição acusam o governo de esquerda de tentar manipular o processo eleitoral.
A atual presidente, Xiomara Castro, apoia abertamente Rixi Moncada, que foi ministra da Defesa em seu governo.
Moncada afirma estar comprometida em “dar continuidade ao projeto de refundação” iniciado por Castro.
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