Boulos desafia Tarcísio: “Tenta a sorte”
"Na urna, vocês vão perder de novo", diz o ministro de Lula, que perdeu para o candidato do governador de SP como alternativa lulista em 2024
Ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos (foto) fez um desafio público ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O aliado de Lula rebateu a sugestão de Tarcísio para mudar o "CEO do Brasil".
"Tarcísio disse hoje que 'o Brasil precisa trocar o CEO'… Tenta a sorte em outubro do ano que vem, governador. Na urna, vocês vão perder de novo. E não vale tentar golpe dessa vez!", disse Boulos em seu perfil no X.
Os lulistas têm marcado Tarcísio de perto há meses, e nunca deixam o governador sem resposta.
Líder do PT na Câmara, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) também rebateu críticas do governador de São Paulo ao governo Lula e a sugestão de trocar o CEO do Brasil.
“’Tem que demitir o CEO’, diz Tarcísio e, com essa frase, ele reproduz exatamente a lógica empresarial com que enxerga o Brasil. Mas se o país fosse mesmo uma empresa, a auditoria começaria pelos piores índices de saúde e educação da década em São Paulo: redução inédita do mínimo constitucional da educação desde 1988, salas superlotadas, evasão de professores e um sistema de saúde colapsado, com filas crescentes, greves e perda salarial acumulada”, disse o petista em seu perfil no X.
Boulos perdeu...
Ironicamente, Boulos, que hoje desafia Tarcísio em nome de Lula, perdeu a disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2024 como candidato lulista — e para o candidato de Tarcísio, o prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB).
O ex-presidente Jair Bolsonaro relutou em apoiar Nunes e manteve um flerte com a candidatura do influenciador e empresário Pablo Marçal, que acabou derrotado no primeiro turno após publicar um laudo médico falso sobre Boulos.
Coube a Tarcísio ajudar a conduzir a campanha de Nunes, que dedicou sua vitória ao governador de São Paulo.
O fato é que os lulistas não perdem uma oportunidade de fustigar o governador de São Paulo, que também tem nacionalizado suas aparições públicas, dirigindo críticas ao governo federal, assim como os colegas de Goiás e Minas Gerais, Ronaldo Caiado (União) e Romeu Zema (Novo).
A campanha presidencial de 2026 já está na rua há meses, e ainda vai esquentar muito antes mesmo de o período eleitoral oficial começar.
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Comentários (2)
ALDO FERREIRA DE MORAES ARAUJO
2025-11-17 17:18:57Boulos conquistou sua 'boquinha federal", na esquerdalha é sinônimo de sucesso. Alguém falou em dedos nos olhos na próxima campanha, se for nos olhos está bom. Eu ficaria com as costas coladas à parede.
Eliane ☆
2025-11-17 15:46:05A próxima eleição vai ser aquela baixaria. E vai ter dedo no olho.