Crusoé nº 394: Festa na floresta
Palanque de Lula na COP30 não funciona, e seu legado serão os memes. E mais: Segurança em segundo plano e A ópera pop de Rosalía
As Conferências das Partes para o Clima da ONU, as COPs, foram criadas para estimular os países a tomarem iniciativas para evitar um aumento maior da temperatura do planeta.
Nas suas últimas edições, as COPs já tinham perdido muito da credibilidade inicial, com críticas de que os jatinhos privados dos participantes emitem muitos gases de efeito estufa. Se é assim tão urgente fazer algo pelo meio ambiente, não seria melhor uma videoconferência remota?
Além disso, os eventos são patrocinados por países e empresas que lucram com a queima de combustíveis fósseis, em uma tentativa de limpar a própria imagem.
Com a COP30, o Brasil conseguiu avacalhar aquilo que já estava capenga.
O presidente Lula tentou transformar a COP30 em um palanque político, especialmente depois de sua frase infeliz sobre traficantes que seriam vítimas da sociedade, mas nem isso ele conseguiu.
O evento só funcionou como indústria de memes e piadas, que foram muitos, dizem Duda Teixeira e João Pedro Farah em "Festa na floresta", a reportagem de capa da edição desta semana de Crusoé.
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Na matéria "Segurança em segundo plano", Wilson Lima conta como a disputa política entre petistas e bolsonaristas se sobrepôs ao bem-estar coletivo no PL Antifacção.
Em "A ópera pop de Rosalía", Gustavo Nogy mostra que o novo trabalho da cantora e compositora espanhola Rosalía é uma ruptura arriscada, mas muito bem-sucedida.
Colunistas
Privilegiando o assinante de O Antagonista+Crusoé, que apoia o jornalismo independente, também reunimos nosso timaço de colunistas.
Nesta edição, escrevem Roberto Reis (Lula perde para Lula), Bruno Soller (Chile tem racha na direita), Igor Sabino (Um prefeito muçulmano na Nova York judaica), Dennys Xavier (O teatro das cúpulas climáticas), Leonardo Barreto (Bolso e vida: a luta do governo é contra ele mesmo), Márcio Coimbra (A outra face da crise climática), Josias Teófilo (O fracasso da produção audiovisual da Netflix no Brasil), Newton Cannito (O Agente Secreto do intelectual orgânico), Rodolfo Borges (O inferno de Neymar) e Gustavo Nogy (O dinizismo como ideia).
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