Pochmann também bota Belém de cabeça para baixo
IBGE voltou a inverter o mapa-múndi para colocar a sede da COP30 no centro do mundo
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) voltou a inverter o mapa-múndi para colocar Belém, sede da COP30, no centro do mundo (foto).
"Belém, o Pará e o Brasil estāo no centro do mundo com a COP 30! Para marcar este mês, em que o compromisso de construir uma transição ecológica justa e sustentável ganha destaque, o IBGE preparou um Mapa-múndi invertido especial. Ele traz uma nova perspectiva do planeta, colocando o Pará e Belém no centro, a capital simbólica do Brasil durante a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima", afirmou o instituto nas redes sociais.
(1/2) ✨ Belém, o Pará e o Brasil estāo no centro do mundo com a COP 30! 🌱
Para marcar este mês, em que o compromisso de construir uma transição ecológica justa e sustentável ganha destaque, o IBGE preparou um Mapa-múndi invertido especial. 🌍 pic.twitter.com/QNeFFmZb5r— IBGE Comunica (@ibgecomunica) November 11, 2025
O petista Márcio Pochmann, presidente do IBGE, tentou explicar a inversão nesta quarta, 12.
"Belém no Pará e Brasil no centro do mundo na COP 30.
Em novo mapa-múndi, o IBGE homenageia todos os povos que concentram as suas esperanças de um futuro comum melhor, com justiça e sustentabilidade ambiental, especialmente a todos que se encontram reunidos em Belém, capital do estado do Pará.
Nos últimos 200 anos, o projeto de modernidade Ocidental, conduzido a partir do Norte Global, tornou o mundo insustentável ambientalmente.
Que os próximos 200 anos ofereçam outras perspectivas de modernidade, tendo o protagonismo do Sul Global. Por isso, o mapa-múndi invertido. Por isso, a centralidade do Brasil."
Técnicos consternados
Quando Pochmann inverteu o mapa-múndi pela primeira vez, técnicos do instituto divulgaram um "Manifesto pela Integridade Técnica do IBGE".
Mesmo sendo favoráveis ao presidente Lula, eles repudiaram a publicação.
"Trata-se de uma iniciativa que, em vez de informar, distorce; em vez de representar a realidade com rigor, cria uma encenação simbólica que compromete a credibilidade construída pelo IBGE ao longo de décadas de trabalho sério, imparcial e respeitado globalmente.
O que se vende como símbolo de autoestima nacional esconde um paradoxo desconfortável. O Brasil ainda enfrenta graves mazelas sociais: desigualdade estrutural, carências educacionais, insegurança, informalidade, perda de competitividade.
(...) Mas não se combate a realidade com ilusões gráficas. Colocar o Brasil no centro do mapa não resolve nada — e pode, inclusive, enfraquecer a seriedade de um projeto nacional que justamente busca enfrentar, e não ocultar, os desafios que temos pela frente."
Leia também: A periférica ideia de Pochmann para pôr o Brasil no mapa
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Comentários (1)
tclsãopaulo
2025-11-12 11:55:35Fica ridículo!