Planalto antecipa disputa por vaga de Barroso no STF
Barroso nega oficialmente que antecipará sua aposentadoria, mas tem indicado nos bastidores do Supremo que pretende deixar o Tribunal nos próximos dois meses

A eventual aposentadoria do ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso antecipou a disputa pela vaga no Tribunal entre integrantes do Poder Executivo e do Poder Legislativo.
Barroso nega oficialmente que antecipará sua aposentadoria, mas tem indicado nos bastidores do Supremo que pretende deixar o Tribunal nos próximos dois meses. Após deixar a Presidência do STF, Barroso decidiu se afastar por algumas semanas para refletir sobre sua continuidade ou não na Corte.
Hoje, quatro nomes são apontados como os mais cotados para assumir a vaga de Barroso: o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD), o ministro do Tribunal de Contas da União Bruno Dantas; o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Marques de Carvalho.
Dos quatro, o que desponta com maiores chances é Rodrigo Pacheco em um rearranjo que pode impactar, inclusive, as eleições para o governo de Minas Gerais.
O ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco até agora era visto como o quadro do PSD para disputar a eleição ao governo do Estado. Mas Kassab tem operado nas sombras para convencer o presidente Lula a indicar Pacheco ao STF caso o ministro Luís Roberto Barroso de fato confirme sua aposentadoria nos próximos meses. Seria uma saída honrosa para Pacheco.
O presidente nacional do PSD atraiu o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, hoje no Novo. Simões assinará sua filiação até o final do mês e a expectativa é que ele assuma o governo do Estado em abril. A ideia de Kassab é lançar Mateus, e não Pacheco, para uma disputa ao governo do Estado.
Jorge Messias é apontado como uma segunda alternativa pelo seu trabalho consistente de defesa dos interesses do Palácio do Planalto. E a fidelidade a Lula é justamente um ponto que pesa contra ele. Nos bastidores do Planalto, Messias é citado como um futuro ministro-chefe da Casa Civil no lugar de Rui Costa, em abril do ano que vem. Costa vai de desincompatibilizar para disputar o Senado pela Bahia.
Nessa disputa, correm por fora Bruno Dantas e Vinícius Carvalho. O primeiro, caos seja indicado, seria uma forma de arrefecer um pouco as relações com o MDB, partido que tem se sentido preterido principalmente diante de uma futura reforma ministerial. A sigla de Renan Calheiros e companhia sequer tem sido citada nas conversas para assumir novas responsabilidades no Poder Executivo.
Já Carvalho é apontado como um nome da cota pessoal do presidente e do PT. Ele fez carreira com várias indicações alinhadas ao partido e visto como extremamente fiel aos interesses da sigla.
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