A imagem do STF no mensalão, petrolão e julgamento do Bolsonaro
A imagem do STF, órgão máximo do judiciário brasileiro, tem sofrido um declínio ao longo dos anos, especialmente no período mais recente

A imagem do STF, órgão máximo do judiciário brasileiro tem sofrido um declínio ao longo dos anos, especialmente no período mais recente.
É o que se depreende quando comparamos pesquisas de opinião das épocas do mensalão, petrolão e agora, do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro
Pesquisas específicas sobre aprovação e desaprovação do STF passaram a ser mais comuns a partir de 2019.
Para períodos mais antigos, os dados disponíveis são limitados, frequentemente focados em termos como confiança ou credibilidade, que usamos aqui como uma aproximação para entender a aprovação, já que refletem uma percepção positiva.
Com base nessas informações, a popularidade do Supremo Tribunal Federal no Brasil sofreu uma perceptível queda ao longo dos períodos analisados. Durante o julgamento do mensalão, entre 2012 e 2013, uma pesquisa IBOPE indicou confiança de 54 pontos, uma aprovação moderada.
O STF era visto como um bastião contra a corrupção, impulsionado pela condenação de figuras políticas influentes.
Já no período da Operação Lava Jato, de 2014 a 2018, conhecida como petrolão, a confiança média, segundo levantamento CNI/IBOPE, caiu para cerca de 31%, impactada pela polarização e questionamentos sobre a condução de processos judiciais, apesar do apoio inicial à luta anticorrupção.
Foi justamente no fim dessa operação, em 7 de abril de 2018, que Lula foi preso, saindo da cadeia em 8 de novembro de 2019.
Chegamos a 2025, com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro como pano de fundo.
Nesse cenário, segundo pesquisa Datafolha realizada entre o fim de julho e começo de agosto, já com termos mais precisos, a aprovação do Supremo Tribuna Federal, atingiu só 29%, com desaprovação de 36%, a pior marca registrada. A avaliação de “regular” ficou em 31%
Essa queda reflete o crescente desgaste da imagem do STF, alimentado por polarização política, críticas à atuação de ministros em casos sensíveis e acusações de ativismo judicial.
A tensão entre o STF e setores bolsonaristas, especialmente após eventos como os inquéritos das fake news, intensificou um sentimento de desconfiança.
Além disso, a percepção de interferência política e a complexidade dos casos recentes contribuem para a erosão dessa credibilidade.
Segundo pesquisa Atlas Intel de agosto desse ano, dentre os juízes do STF, Alexandre de Moraes é o que tem mais avaliações positivas, com 49%, e o segundo com mais avaliações negativas, como 51% (Gilmar Mendes teve 56% e Barroso 53%).
O relator do julgamento de Jair Bolsonaro foi o único dos 11 juízes pesquisados sobre o que todos os entrevistados tinham uma opinião formada, com 0% respondendo "não sei".
Resta aguardar as próximas pesquisas após o fim do julgamento do ex-presidente, para analisar se quando a poeira baixar o foco da opinião pública na corte, seus ministros e decisões vai diminuir, trazendo algum respiro.
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Comentários (2)
F-35- Hellfire
2025-09-11 17:11:09Lula, o maior corrupto e corruptor da história brasileira, mereceu os parágrafos citados por Fux no seu julgamento de 11 horas.
Eliane ☆
2025-09-11 15:36:09STF, colegiado que não pode ser 'politizado'.