União Progressista desembarca de olho em 2026
Partidos do Centrão não querem mais integrar governo Lula, que tem baixa aprovação e poucas chances de vencer no ano que vem

A federação União Progressista, formada pelos partidos União Brasil e Progressistas (PP), anunciou nesta terça, 2, o desembarque do governo Lula.
A razão é simples: seus membros apostam em uma derrocada do governo Lula e em uma vitória da oposição nas eleições presidenciais, em 2026.
Com as eleições se aproximando, então é melhor ficar o quanto antes do lado que tenderá a ser vitorioso.
Ciro Nogueira, líder do PP, e Antônio Rueda (foto), do União, ainda têm dado vários sinais de apoio à candidatura nacional do governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Se Lula tivesse alguma chance de uma reeleição, aos olhos do Centrão, esses partidos se manteriam no barco.
Pedro Lucas
Esse desembarque já tinha sido sinalizado em abril, quando Pedro Lucas, do União Brasil, recusou um convite para assumir o Ministério das Comunicações do governo Lula.
Já era evidente naquela época que havia pouco a ganhar em integrar um governo em decadência.
Mesmo vantagens fisiológicas, como um bom salário, oportunidade para nomear amigos, fama e capital político, não estavam mais valendo a pena.
Melhor era ficar de fora e ver o barco afundar.
MDB, PSD e PDT
Trata-se de um movimento amplo. Em maio, o PDT, partido de esquerda, anunciou que não faria mais parte da base do governo Lula.
A decisão foi tomada após reunião com o presidente licenciado do partido, Carlos Lupi, que deixou o Ministério da Previdência após o escândalo dos descontos no INSS.
O PDT, assim, fica livre para concorrer no ano que vem criticando o governo Lula.
Outros partidos devem tomar o mesmo rumo, como o MDB e o PSD, de Gilberto Kassab.
Eles avaliam que permanecer neste governo gera muito desgaste e reduz as chances eleitorais no ano que vem.
Na semana passada, Renan Calheiros, do MDB, abandonou a CPMI do INSS.
Defender o governo Lula está se mostrando uma tarefa árdua demais para alguns aliados.
Congresso
Uma das consequências desse processo é que ficará mais difícil para este governo aprovar qualquer coisa no Congresso.
E também aumenta o risco de que pautas avessas ao governo Lula ganhem tração, como as medidas para coibir o ativismo do Supremo Tribunal Federal, o STF.
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