Candidatos de direita lideram na Bolívia, diz AtlasIntel
Ex-presidente e empresário aparecem como favoritos a dois dias da eleição boliviana

O ex-presidente da Bolívia, Jorge "Tuto" Quiroga, do Libertad y Democracia, lidera a corrida presidencial com 22,3% das intenções de voto, a apenas dois dias do primeiro turno.
Segundo o levantamento da AtlasIntel, ele é seguido pelo empresário Samuel Doria Medina, da Unidade Nacional, que aparece com 18%.
Ambos candidatos da direita estão tecnicamente empatados, considerando a margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Em terceiro lugar, figura o presidente do Senado, Andrónico Rodríguez, do Alianza Popular, com 11.4% das intenções.
Já o ministro do atual governo, Eduardo del Castillo, do Partido MAS, tem apenas 8,1%.
A baixa porcentagem de Castillo reflete a insatisfação dos bolivianos com a gestão econômica do presidente Luis Arce, que é desaprovado por 75%.
Para 68,4%, Arce faz um governo "muito ruim", enquanto 22,6% classificam como "regular".
Somente 9,1% aprovam.
O instituto entrevistou 1.916 eleitores entre 11 a 14 de agosto.
Jorge Quiroga
"Tuto" Quiroga presidiu a Bolívia entre 2001 e 2002, após a renúncia de Hugo Banzar, de quem era vice.
Ele se formou em Engenharia Industrial pela Texas A&M University, dos Estados Unidos.
Durante a campanha, Quiroga prometeu obter recursos via Fundo Monetário Internacional (FMI) para conter as contas externas.
Além disso, o candidato afirmou que atrairá investimento externo, abrirá o mercado nacional e limitará a atuação estatal.
Samuel Doria Medina
Doria Medina, de 66 anos, é considerado um dos homens mais ricos da Bolívia.
Ele construiu fortuna nos setores de cimento, construções, hotelarias e até franquias de fast-foods, entre elas o Burguer King e Subway.
Segundo a Bloomberg, o empresário vendeu sua participação no setor de cimento por cerca de US$ 300 milhões.
Caso seja eleito, Doria Medina prometeu romper com modelo econômico estatista do MAS.
"O mais importante será recuperar a estabilidade econômica e sair do estatismo", disse à AFP.
Entre suas primeiras medidas, ele deseja eliminar os subsídios aos combusítiveis.
Além disso, Doria Medina indicou a intenção de fechar as empresas públicas deficitárias do país.
Dados do FMI (Fundo Monetário Internacional) apontam que o déficit público da Bolívia ultrapassou 10% do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto a dívida pública girava em torno de 92%.
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