Trump nega amizade, mas volta a defender Bolsonaro
"Ele não é como um amigo meu. Ele é alguém que eu conheço", disse o presidente americano

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta terça-feira, 15, que seja "amigo" do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas voltou a defendê-lo ao ser informado por jornalistas sobre o pedido de condenação apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
"Olha, ele não é como um amigo meu. Ele é alguém que eu conheço, e eu o conheço como um representante de milhões de pessoas, brasileiros. Eles são ótimas pessoas, e ele ama o país, e ele lutou muito por essas pessoas, e eles querem colocá-lo na prisão", disse o presidente americano em coletiva de imprensa.
Trump, mais uma vez, mostrou desconhecer o processo pelo qual Bolsonaro é julgado no Supremo Tribunal Federal.
Eis o conteúdo da conversa entre Trump e uma repórter brasileira:
Donald Trump: Ele vai a julgamento agora, né? Quando esse julgamento começa?
Donald Trump: Quando o julgamento de Bolsonaro começa?
Repórter: Começou meses atrás.
Donald Trump: Como está indo?
Repórter: Agora, estão pedindo que ele seja considerado culpado.
Donald Trump: Mas eles não o condenaram, né?
Repórter: Mas o que você acha?
Donald Trump: Mas eles o consideraram culpado? Não.
Ao defender Bolsonaro, Trump repetiu que o ex-presidente é alvo de uma "caça às bruxas".
"Eu acho que isso é uma caça às bruxas, e acho que é muito lamentável, e ninguém está feliz com o que o Brasil está fazendo, porque Bolsonaro foi um presidente respeitado", afirmou.
Pretexto
Ao publicar bastidores da decisão de Trump, o site americano Politico reforçou a perspectiva de que o presidente americano aplicou a tarifa de 50% ao Brasil empurrado pela cúpula do Brics e não pela preocupação com o aliado brasileiro.
A reportagem diz o seguinte:
“O presidente Donald Trump está enquadrando sua ameaça de impor uma tarifa exorbitante de 50% ao Brasil como uma busca por justiça para seu amigo e aliado, o ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro.
Mas foi seu descontentamento em um encontro de países emergentes no Rio de Janeiro no fim de semana que o levou ao limite, convencendo-o a enviar uma carta apresentando as novas taxas, de acordo com quatro pessoas familiarizadas com a situação que pediram anonimato para compartilhar detalhes.”
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