Leão XIV põe Santa Sé à disposição para que "calem-se as armas"
Papa pediu o fim das guerras e ofereceu a Igreja Católica como mediadora dos conflitos

O papa Leão XIV fez um novo apelo pela paz durante uma audiência com cerca de 5 mil pessoas na Sala Paulo VI, nesta quarta, 14.
Em seu discurso, o pontífice mencionou os conflitos na Ucrânia, Líbano, Síria "do Oriente Médio ao Tigré e ao Cáucaso".
"Quanta violência! E sobre todo esse horror, sobre os massacres de tantas vidas jovens, que deveriam provoca indignação, porque, em nome da conquista militar quem morre são as pessoas. Se eleva um apelo - não tanto o do Papa - mas de Cristo, que repete: 'A paz esteja convosco", disse Prevost.
Leão XIV colocou a Santa Sé à disposição para mediar as guerras e para que "os inimigos se encontrem e se olhem nos olhos".
"Farei todo o possível para que essa paz se difunda. A Santa Sé está à disposição para que os inimigos se encontrem e se olhem nos olhos, para que os povos redescubram uma esperança e seja devolvida a dignidade que merecem, a dignidade da paz. A Igreja não se cansará de repetir: 'calem-se as armas'", afirmou.
E continuou:
"Os povos querem a paz, e eu, com o coração na mão, digo aos líderes das nações: encontremo-nos, dialoguemos, negociemos! A guerra nunca é inevitável, as armas podem e devem silenciar, pois não resolvem os problemas, mas os aumentam; porque entrará para a história quem semeará paz, não quem que criará vítimas; porque os outros não são, antes de tudo, inimigos, mas seres humanos: não vilões a serem odiados, mas pessoas com quem falar", disse Prevost.
Cristãos no Oriente Médio
O pontífice também dirigiu uma mensagem especial aos cristãos "orientais e latinos".
Prevost pediu a unidade em período de "diáspora".
"Especialmente no Oriente Médio, perseverem e resistam nas suas terras, mais fortes do que a tentação de abandoná-las. Aos cristãos é preciso dar a oportunidade, não apenas com palavras, de permanecer nas suas terras com todos os direitos necessários para uma existência segura. Peço a vocês que se empenhem para isso!", disse Leão XIV.
Segundo Leão, os cristãos orientais devem preservar os ritos, apesar da diáspora ocasionada "por causa das guerras e perseguições".
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