O que Turquia e Israel querem na Síria?
Países mantém diálogo enquanto buscam influenciar a 'nova Síria' após Assad

O ministro das Relações Exteriores turco, Hakan Fidan, afirmou que Ancara tem mantido "conversas técnicas" com Israel para evitar confrontos na Síria.
A declaração foi feita uma semana após ele próprio dizer que "não quer ver nenhum confronto" entre as Forças de Defesa de Israel e o novo governo sírio.
Segundo o presidente do Azerbaijão, Ilham Alieyv, seu país está intermediando essas conversas.
Influência turca
No ano passado, o governo de Recep Tayipp Erdogan foi acusado de financiar o grupo terrorista Hay'at al-Sham (HTS) para derrubar o regime de Bashar Assad.
Desde então, a Turquia busca ampliar sua influência estratégica sobre o novo governo da Síria.
Uma das principais estratégias de Ancara é o controle do espaço aéreo.
Além disso, a Turquia de Erdogan já exercre forte influência no norte do país, onde disputa territórios com a minoria curda.
Preocupação israelense
Na última quarta, 2, as Forças de Defesa de Israel (FDI) bombardearam aeroportos militares T4 em Homs e Hama.
O exército israelense também lançou ataques de artilharia contra uma instalação militar próxima à capital Damasco.
Israel quer evitar que o armamento deixado por Assad seja utilizado pelas forças do novo governo interino sírio.
Além disso, as autoridades israelenses temem a formação de eixos islâmicos sunitas liderados pelos turcos.
Estado Islâmico
Outra preocupação para Israel é o recrudescimento do Estado Islâmico na Síria.
Durante a guerra civil, as forças de Assad conseguiram enfraquecer o grupo terrorista.
No entanto, o número de ataques do Estado Islâmico voltou a crescer.
Em março, oficiais de Inteligência dos EUA apresentaram ao Congresso americano uma avaliação anual sobre as intenções do EI.
De acordo com o documento, o grupo pretende explorar a queda de Assad para libertar prisioneiros e reestruturar sua capacidade de planejar ataques.
Com isso, o governo americano dobrou o número de solados na Síria.
Nos últimos meses, Washington também promoveu uma série de ofensivas contra alvos militares deixados por Assad e do EI.
Leia mais: "Um aviso de Israel à Turquia"
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)