Putin rejeita cessar-fogo temporário por "paz de longo prazo"

O ditador russo, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira, 13, 'concordar' com um cessar-fogo com a Ucrânia que leve "a uma paz de longo prazo" e elimine as causas que deram origem à "crise".

"Concordamos com a proposta de cessar-fogo para cessar as hostilidades, mas partimos do fato de que esse cessar-fogo deve levar a uma paz de longo prazo e eliminar as causas originais desta crise", disse Putin em uma entrevista ao lado do ditador bielorrusso, Alexander Lukashenko.

Putin agradeceu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por seus esforços para acabar com o conflito iniciado por Moscou.

"A ideia em si é correta, e nós certamente a apoiamos", disse o ditador russo. "Mas há questões que precisamos discutir. E acho que precisamos conversar com nossos colegas americanos também."

"Apoiamos a ideia de acabar com esse conflito por meios pacíficos", continuou.

Putin já tomou um naco da Geórgia, em 2008, e 20% do território ucraniano. Nada o impede de seguir e conquistar toda a Ucrânia, que era o seu objetivo inicial.

Putin em Kursk

Na quarta, 12, Putin visitou um posto de comando na região de Kursk, no oeste da Rússia, utilizando um uniforme militar.

Em vídeo transmitido pela televisão estatal russa, ele disse às tropas que o objetivo é "libertar completamente" Kursk o mais rápido possível.

Moscou diz que as forças russas recapturaram Sudzha, a maior cidade que a Ucrânia já ocupou na região de Kursk.

Leia também: Putin pode destruir toda a Europa?

Respiro temporário

Também nesta quinta, Yuri Ushakov, conselheiro de política externa de Putin, afirmou que a Rússia não deve aceitar o cessar-fogo de 30 dias proposto por Estados Unidos e Ucrânia.

Segundo Ushakov, uma pausa no conflito neste momento seria “nada mais do que um respiro temporário para as tropas ucranianas”.

Ushkov disse que Moscou “espera que os Estados Unidos levem em consideração as posições da Rússia em trabalhos futuros em conjunto”.

Leia também: “Cessar-fogo” entre EUA e Ucrânia rende retomada de serviços e piada ucraniana