Um plano para rearmar a Europa
"Estamos em uma era de rearmamento", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao detalhar seu plano para rearmar o continente

Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (foto) detalhou nesta terça-feira, 4, seu plano para rearmar a Europa. Os esforços financeiros vão totalizar 800 bilhões de euros.
"Nas várias reuniões das últimas semanas, mais recentemente há dois dias em Londres, a resposta das capitais europeias tem sido tão retumbante quanto clara: estamos em uma era de rearmamento", discursou Von der Leyen, seguindo:
"E a Europa está pronta para aumentar massivamente seus gastos com defesa, tanto para responder à urgência de curto prazo de agir e apoiar a Ucrânia, mas também para abordar a necessidade de longo prazo de assumir mais responsabilidade por nossa própria segurança europeia. E é por isso que hoje escrevi uma carta aos líderes perante o Conselho Europeu de quinta-feira. É por isso que estamos aqui juntos hoje. Descrevi nesta carta aos líderes o plano ReArm Europe."
Segundo ela, "esse conjunto de propostas se concentra em como usar todas as alavancas financeiras à nossa disposição para ajudar os estados-membros a aumentar rápida e significativamente os gastos em capacidades de defesa urgentemente agora, mas também por um período mais longo, ao longo desta década".
Os pontos principais
A presidente da Comissão Europeia resumiu o plano em quatro eixos principais:
- Mais espaço fiscal para financiamento público nacional para defesa através da cláusula de escape
- Um novo instrumento para empréstimos aos países da União Europeia para as capacidades de defesa mais necessárias
- Utilização mais flexível do financiamento da União Europeia para investimentos na defesa
- Mais capital privado mobilizado através da União de Poupança e Investimento e do Banco Europeu de Investimento
Segundo Von der Leyen, “se os estados-membros aumentassem seus gastos com defesa em 1,5% do PIB em média, isso poderia criar um espaço fiscal de quase 650 bilhões de euros em um período de quatro anos”. Além disso, um novo programa de empréstimos acrescentaria a essa conta 150 bilhões de euros para investimentos em defesa.
"Equipamento militar imediato para a Ucrânia"
"Isso ajudaria os estados-membros a fazer encomendas em grupo e comprar juntos, aumentando seu apoio à Ucrânia", defendeu a presidente da Comissão Europeia, conseguindo "equipamento militar imediato para a Ucrânia". Segundo ela, isso reduziria custos e fragmentação no continente, além de aumentar a força do sistema de defesa europeu.
"Esse é o momento da Europa e nós devemos fazer frente a ele", defendeu.
Na segunda-feira, 3, o presidente americano, Donald Trump, interrompeu temporariamente toda a assistência militar dos Estados Unidos à Ucrânia. A decisão ocorreu dias após o bate-boca com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no Salão Oval da Casa Branca.
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