83% querem que Milei atue como presidente, não como influenciador
Para 54% dos argentinos, sua irmã Karina Milei recebeu propina para promover a criptomoeda
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Uma pesquisa do instituto argentino Zuban Córdoba, divulgada nesta quarta, 19, aponta que 83% dos entrevistados concorda com a afirmação que Javier Milei (foto) "deveria atuar como presidente do país, e não como influenciador". Outros 12% discordam dessa ideia. A pesquisa foi feita após o escândalo do compartilhamento por Milei nas redes sociais da criptomoeda $LIBRA. Após subir rapidamente no lançamento, a criptomoeda perdeu 90% de seu valor. Opositores pediram o impeachment de Milei, alegando que os argentinos foram vítimas de um golpe. Leia em Crusoé: A criptoconfusão de Milei O caso foi assinto de várias notícias ao longo da última semana. Cerca de 88% dos argentinos ficaram sabendo do caso. E 66% consideram que essa foi a maior crise do governo de Milei, desde que ele assumiu a Casa Rosada.
Teve golpe?
Os pesquisadores perguntaram se os argentinos acreditavam que os investidores que compraram a criptomoeda Libra sofreram algum tipo de golpe ou fraude. Cerca de 60% acreditam que sim, e somente 30% acham que não.
Fora de controle
A Zuban Córdoba também perguntou se é o caso de controlar mais as coisas que Milei faz no governo do país. Quase 70% dos argentinos responderam afirmativamente.
Karina Milei
Uma das perguntas era se Karina Milei, irmã e secretária do presidente, teria recebido propina para promover a criptomoeda. De acordo com o levantamento, 54% acham que sim, e 40% acreditam que não. Karina foi quem fez a ponte entre o presidente e os criadores da criptomoeda.
No meio da confusão, circularam mensagens de celular em que o empresário Hayden Davis, criador da criptomoeda, afirmava que pagava Karina Milei para ter influência na Casa Rosada. “Envio dinheiro à sua irmã e ele assina o que digo e faz o que quero”, dizia uma das mensagens de Hayden.
O assessor de Hayden negou que as conversas existiram.
Investigações
Milei enviou o caso para o Escritório Anticorrupção e iniciou uma apuração interna na presidência. Mas o Escritório depende do presidente. Para 41% dos argentinos, quem deveria investigar o caso é o Poder Judicial. Outros 33% acham que o Congresso deveria assumir a investigação.
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