STF fashion gastou R$ 38,4 mil com gravatas personalizadas
A ideia do STF é vender parte dessas gravatas na livraria do Supremo. Assim, a Corte acredita que irá recuperar parte dos recursos aplicados
O Supremo Tribunal Federal (STF) gastou 38,4 mil reais com a confecção de 100 gravatas com as estampas da Corte. O brinde foi usado por integrantes do Tribunal na sessão desta quinta-feira, 6, e parte delas serão usadas como brindes para autoridades que visitarem o Supremo.
Crusoé apurou que o fornecedor das gravadas é a Aragem Rio Comércio e Design de Estamparia. Como o processo tem um valor relativamente baixo, não houve necessidade de realização de processo licitatório.
A ideia do STF é vender parte dessas gravatas na livraria do Supremo. Assim, a Corte acredita que irá recuperar parte dos recursos aplicados na confecção do item.
O presidente do STF fez a propaganda das gravatas na sessão desta quinta-feira, afirmando que o departamento ‘fashion’ do STF desenvolveu uma linha de gravata e lenço para mulheres com o símbolo do STF para os ministros retribuírem “eventuais presentes” recebidos.
“E faço apenas um registro, não passará despercebido, de que nós… O novo departamento ‘STF Fashion’, nós lançamos uma gravata do Supremo Tribunal Federal [STF], que todos estamos utilizando, e para as mulheres um lenço belíssimo como o que está com a ministra Carmen Lúcia", disse ele
“E a razão real para isso é que nós recebemos muitas vezes ou visitamos lugares em que as pessoas nos dão presentes. E portanto foi uma forma que nós encontramos, gentil, de retribuir os eventuais presentes que recebemos com uma gravata que tem o símbolo do Supremo Tribunal Federal e que se permitirem aí, modéstia, ficou muito bonitinho”, acrescentou o ministro.
Obviamente que a população não gostou nada nada. E até ministros, como Cármen Lúcia, ficaram constrangidos com a cena.
A distribuição das gravatas ocorre em um momento em que o próprio Barroso tenta justificar os gastos do Poder Judiciário.
Ao longo desta semana, o ministro afirmou que o STF é um dos mais transparentes do mundo e que ganhos que extrapolam o teto constitucional são plenamente justificados, já que estão previstos na legislação.
Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), porém, mostram que o custo do Judiciário cresceu 9% em 2023, ano-base do relatório Justiça em Números 2024.
O gasto do Poder chefiado por Barroso subiu de 121,77 bilhões de reais para 132,75 bilhões de reais.
O avanço foi superior à inflação acumulada daquele ano, registrada em 4,62%.
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