Milei em Davos: “Devolvi aos argentinos a sua liberdade"
O presidente da Argentina, Javier Milei, teve uma presença marcante no Fórum Econômico Mundial de Davos, participando de duas discussões importantes ao longo do evento.
O presidente da Argentina, Javier Milei, teve uma presença marcante no Fórum Econômico Mundial de Davos, participando de duas discussões importantes ao longo do evento.
Milei expressou sua satisfação com a recente vitória de Donald Trump e demonstrou sua intenção de intensificar a colaboração econômica com a China.
Na quarta-feira, 22 de janeiro, o espaço da Bloomberg em Davos estava lotado. Durante a tarde, renomados líderes empresariais como Larry Fink, CEO da Blackrock, e Marc Benioff, chefe da Salesforce, participaram de painéis de discussão.
No entanto, foi Javier Milei quem realmente mobilizou a audiência, levando os presentes a se levantarem e aplaudirem entusiasticamente.
Ao refletir sobre seu primeiro ano à frente da presidência argentina, Milei afirmou: "Devolvi aos argentinos a sua liberdade."
Crescimento econômico
Ele se declarou satisfeito por ter sido capaz de reduzir a inflação e promover crescimento econômico em um curto espaço de tempo. No último ano, as taxas inflacionárias caíram de 211% para 118%, e o governo conseguiu gerar superávit orçamentário desde o início do mandato.
Além disso, uma anistia fiscal ajudou a reintegrar US$ 20 bilhões na economia formal do país, resultando em um aumento significativo na concessão de créditos por parte dos bancos, que não era visto há mais de 15 anos.
Milei também destacou suas semelhanças ideológicas com figuras como Trump e Elon Musk, afirmando que todos eles reconhecem os malefícios da excessiva intervenção estatal.
Ao ser questionado sobre outros governos que não tomam medidas contra a regulação excessiva, ele respondeu com confiança: "Ao meu lado, todos são fracos".
O presidente argentino não se limitou a elogiar suas conquistas; ele também delineou suas ambições para o futuro próximo.
Entre suas metas está o fortalecimento das relações comerciais através da assinatura de novos acordos de livre comércio, incluindo negociações com os Estados Unidos.
Milei expressou sua disposição para se desvincular do Mercosul se isso significar benefícios econômicos para seu país.
Em relação à China, apesar de seu histórico como crítico do país asiático, ele afirmou ter aprendido e reconhecido que as economias dos dois países podem ser complementares em diversas áreas.
Desafios
No entanto, nem tudo é fácil para Milei. Ele ainda não alterou o rígido regime cambial imposto por seus predecessores. Atrações de investimentos estrangeiros dependem da garantia de que empresas e bancos possam repatriar seus lucros sem restrições.
O presidente indicou que planeja abordar essa questão ainda este ano, embora tenha evitado dar detalhes específicos sobre suas estratégias.
Com as eleições intermediárias se aproximando e suas taxas de aprovação superando os índices iniciais do mandato, ele reconhece que algumas medidas podem impactar negativamente parte da população.
No entanto, Milei defendeu sua posição afirmando que as dificuldades econômicas enfrentadas pelos argentinos não são fruto de suas políticas recentes.
"É preciso um cambio cultural", disse ele. "Nossas conquistas econômicas não serão valorizadas se as pessoas não compreenderem que é necessário buscar liberdade para alcançar prosperidade."
Neste contexto, Milei acredita que pode sair fortalecido das próximas eleições e vê sua presidência como uma tarefa contínua até que todas as metas sejam alcançadas — menos inflação e mais crescimento são prioridades para seu governo.
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